Links de Acesso

Febre de Construção em Jerusalém


O primeiro ministro israelita e o presidente palestiniano efectuaram um encontro para tentar esbater as diferenças antes dos dois estadistas se encontrarem, em separado, ainda esta semana com o presidente George Bush, durante a digressão do presidente norte americano a Israel e a Margem Ocidental.

Assiste-se a uma febre de construção em Jerusalém, mais concretamente em Har Homa, um subúrbio de casas bonitas incrustadas numa elevação virada para a cidade de Belém.

Har Homa situada na parte leste de Jerusalém tem sido edificada em terrenos capturados por Israel na guerra Israelo Árabe de 1967.

Quando Israel recentemente anunciou a construção de 300 novas casas em Har Homa, os Palestinianos reagiram com ira. Sustentaram que a construção constitui uma violação do compromisso de Israel feita o ano passado em Anápolis, no estado de Maryland no decurso da conferencia de paz para o Médio Oriente, de congelar a actividade dos colonatos na Margem Ocidental.

Responsáveis israelitas acentuam que Har Homa faz parte de Jerusalém, que insistem é a capital eterna de Israel. Os habitantes que ali vivem estão de acordo.

Ofer Tal sustenta que Har Homa é a sua casa, e embora apoie as conversações de paz com os Palestinianos adianta não intenção de se mudar.

‘Penso que Har Homa faz parte de Jerusalém, faz parte de Israel. Podemos partilhar com os Árabes, que podem viver ao nosso lado, mas a zona está aberta a toda a gente.’

O presidente Bush não irá a Har Homa, e embora responsáveis americanos tenham colocado recentemente a situação com autoridades israelitas, Bush não deverá pressionar o primeiro ministro Ehud Olmert sobre o assunto.

Em vez disso Bush afirma que vai abordar a questão dos aldeamentos ilegais construídos por colonos israelitas na Margem Ocidental.

Existem mais de uma centena destes aldeamentos e Olmert prometeu desmantelar alguns deles.

Quando o primeiro ministro israelita e o presidente palestiniano se encontraram, em Anápolis, pela ultima vez com o presidente Bush, prometeram comprometerem-se com o processo de paz. Israel iria por termo a actividade dos colonatos e as forcas de segurança de Abbas iriam reprimir a actividade dos militantes na Margem Ocidental.

Todavia desde aquela altura, as duas partes tem se afastado uma da outra, com os Palestinianos a condenarem a Israel pela construção de aldeamentos na Margem Ocidental e responsáveis israelitas manifestando frustração pela continuidade da actividade militante na Margem Ocidental e os disparos de foguetões contra o sul de Israel, a partir da Faixa de Gaza.

Mahdi Hadi, que dirige um grupo de pesquisa palestiniano afirma que o melhor que Bush pode esperar durante a visita é reiterar o tradicional papel dos Estados Unidos como medianeiro entre as duas partes.

‘Tradicionalmente os êxitos não se obtêm fazendo avançar ou fazendo retroceder as coisas. O êxito reside na re confirmação da posição americana sobre a necessidade de solução de dois Estados, na re confirmação da posição americana sobre Jerusalém como cidade ocupada, na re confirmação da posição americana de que Israel tem de suspender os colonatos. Se Bush conseguir isto terá êxito.’

Numa serie de entrevistas concedidas antes de seguir para o Médio Oriente Bush sugeriu ter objectivos limitados, embora tenha afirmado acreditar existirem condições para a paz.

XS
SM
MD
LG