O Ruanda anunciou a abertura de um inquérito sobre o ataque que provocou o despenhamento do avião em que seguia, em 1994, o presidente Juvenal Habyarimana e acabou por despoletar o genocídio.
Funcionários em Kigali disseram ontem que o governo instituiu uma comissão independente, encarregue de apurar a verdade sobre o caso.
Têm sido completamente desencontradas as versões sobre o ataque ao avião presidencial.
A questão esteve, no ano passado, no centro de uma tensão diplomática entre a Franca e o Ruanda, quando um juiz francês sugeriu que o presidente Paul Kagame fosse julgado pelo seu alegado papel no incidente.
O Ruanda enveredou, na altura, pelo afrouxamento das relações com a França e Kigali acusou Paris de ter armado, em 1994, as milícias extremistas hutus, que despoletaram o genocídio.
Estima-se que extremistas hutu tenham, entre Abril e Julho de 1994, assassinado cerca de 800 mil tutsis e hutus moderados.