A Casa Branca afirma estar preocupada pela fuga de uma informação feita por uma empresa privada que estava a investigar as comunicações da Al Qaida. O responsável por aquela empresa afirma que aquela fuga de informação arruinou as operações de vigilância, a longo prazo.
A referida empresa, a SITE notificou a Casa Branca, no mês passado, de que tinha obtido um novo vídeo do líder terrorista Osama bin Laden.
A companhia ofereceu o vídeo às autoridades americanas com a condição da sua existência não ser revelada até que a Al Qaida a tivesse tornado pública, protegendo assim a integridade dos meios utilizados para obter o referido vídeo.
Mas, horas depois, o vídeo estava a ser divulgado pela televisão de todo o mundo destruindo o que o fundador da empresa, Rita Katz, diz, assim, que são técnicas que levaram anos a desenvolver e que se tornaram ineficazes e sem qualquer valor.
Funcionários da Casa Branca que se orgulham de manter segredos, rapidamente disseram que não foram eles a fonte da fuga de informação.
A porta-voz da Casa Branca, Dana Perino, afirma que a oferta feita por aquela empresa privada de segurança foi imediatamente transmitida ao Centro Nacional de Contra-Terrorismo, que está sob a alçada do director dos serviços secretos nacionais.
Questionada sobre se a fuga de informação poderia ter partido de alguém dos serviços secretos e não da Casa Branca, Perino disse estar simplesmente a descrever o que aconteceu, a partir do momento em que a Casa Branca recebeu a oferta feita pela SITE. E adiantou que outras questões sobre o mesmo tema deveriam ser dirigidas aos responsáveis pelos serviços secretos.
Perino disse que a Casa Branca está preocupada com aquela fuga de informação porque torna mais difícil obter mais informações da mesma fonte e porque desencoraja o sector privado a partilhar informações com o governo por não acreditarem que essas informações estejam protegidas.
A SITE é uma de muitas empresas de recolha de informações secretas com uma carteira de clientes que inclui órgãos de informação, o sector militar e os serviços secretos, quer dos EUA quer de outros países.
Muitas dessas empresas focam a sua atenção na Al Qaida. A Administração Bush, que actualizou a estratégia nacional para a protecção do território nacional afirma que a Al Qaida irá continuar a tentar melhorar as suas possibilidades para atacar a América, através de uma maior cooperação regional com grupos terroristas.
A estratégia revista sublinha que a Al Qaida é a mais perigosa ameaça que se coloca aos EUA e que irá, muito provavelmente, intensificar os seus esforços para enviar operacionais para território nacional.