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Seis Países Africanos Prometeram Tropas


A União Africana revelou a existência de um numero suficiente de países que prometeram tropas para um contingente híbrido de capacetes azuis da União Africana e das Nações Unidas para Darfur, existindo a possibilidade de mais tropas serem provenientes das nações africanas.

Os grupos rebeldes manifestam preocupação pela não participação um numero suficiente de nações ocidentais que se tenham oferecido para participar.

Seis países africanos prometeram tropas para o contingente de 26 mil homens que será enviado, nos próximos meses para a província sudanesa de Darfur.

Em anteriores missões de pacificação, a maioria dos países que ofereceram tropas, são pobres ou em desenvolvimento, sendo pagas pelas Nações Unidas pela sua contribuição.

Entre eles encontram-se a Etiópia, o Egipto e a Nigéria, já de si os maiores contribuintes de tropas da ONU ao redor do mundo.

Alpha Konare, o líder da União Africana, sustenta existirem suficientes compromissos por parte de nações africanas para que não seja necessário ter de recorrer a outros países.

Mesmo assim as informações da União Africana não satisfazem alguns grupos rebeldes. O Exercito de Libertação do Sudão, uma facção rebelde, exige a presença de algumas tropas ocidentais, em oposição a apenas militares africanos.

O porta voz do grupo, Bolad, argumenta que os países africanos estão mal equipados para fazer face aos desafios logísticos da operação, e que alguns mesmo não tem condições para protegerem os civis em Darfur.

‘Estamos preocupados com alguns países africanos. Alguns deles tem interesses na questão de Darfur. Existe igualmente a ausência de direitos humanos nos países africanos –respeito pelos de direitos humanos, respeito pela democracia, falta de transparência. Por isso necessitamos de tropas provenientes de países que respeitem os direitos humanos.’

No caso das nações africanas não fornecerem as tropas necessárias, espera-se que o restante seja proveniente da fonte tradicional que inclui a Guatemala, a Malásia e o Paquistão.

Responsáveis da União Africana referem que a próxima etapa constitui na aquisição das verbas necessárias. Tais fundos serão essencialmente provenientes dos maiores contribuintes da ONU, incluindo os Estados Unidos e a Inglaterra. No entanto algumas missões de paz tem sido afectadas pelo atraso das nações doadoras em enviar os fundos.

Uma porta voz da missão dos Estados Unidos junto da ONU, em Nova Iorque, Carolyn Vadino, indicou que os Estados Unidos estão ainda a decidir do papel que vão desempenhar no contingente de Darfur.

‘Ainda estamos a definir tais detalhes. A possibilidade de fornecermos tropas não é grande, mas estamos a encarar a possibilidade de fornecer apoio logístico, em especial se nos for solicitado pela União Africana. Estamos a conceder fundos ao abrigo da Carta da ONU e penso que a nossa contribuição seja de cerca de 25 ou 26 por cento do total do orçamento.’

A União Africana e a ONU vão realizar, em Setembro uma conferencia internacional sobre Darfur para debater a forma de alcançar uma paz duradoura para a região. Cerca de 200 mil pessoas foram mortas e mais de dois milhões de outras foram deslocadas em resultado de quatro anos de conflito em Darfur.

Grupos de direitos humanos acusam as milícias apoiadas pelo governo sudanes, denominadas de Janjaweed, de assassinato e violação como parte das iniciativas de esmagar os grupos rebeldes. O Sudão desmente apoiar as milícias e questiona as estimativas da ONU sobre o numero de mortes.

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