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Angola Promete Alargar Retaliação


As autoridades angolanas estão a considerar estender à TAP Air Portugal, Air France, e à Sabena a medida de retaliação aplicada este sábado à British Airways, soube a Voz da América de fonte oficial.

Na última sexta-feira, Angola retirou à British Airways a licença de exploração da linha Luanda Londres o que provocou o cancelamento em cima da hora, do voo semanal da companhia britânica, deixando em terra entre outros, o cantor britânico Craig Davis que era aguardado em Luanda no sábado de manhã, para uma série de espectáculos.

Fonte oficial angolana disse à Voz da América que a revogação da licença atribuída à BA decorre do facto das autoridades britânicas terem-se precipitado na aplicação de uma recomendação dos técnicos da União Europeia relativa à interdição de entrada no espaço aéreo europeu de aviões da TAAG.

Com efeito, a Grã-Bretanha anulou a autorização que permitiria à TAAG iniciar os voos para Londres no próximo dia 12 de Julho. Luanda entende que Londres poderia no mínimo ter esperado pela entrada em vigor da recomendação. Fontes oficiais angolanas citaram o INAVIC, Instituto Nacional de Aviação Civil, como tendo notificado verbalmente a TAP, a Sabena e a Air France sob a possibilidade de verem anuladas as licenças então atribuídas.

Luanda refere a sua decisão como sendo o exercício do direito de reciprocidade, e não de um acto de retaliação. Uma decisão neste sentido, ou seja, anulação das licenças atribuídas a companhias europeias está a depender daquilo que a União Europeia vier a decidir esta quarta-feira. Na eventualidade de Bruxelas sancionar a recomendação dos peritos, Angola deverá aplicar a partir de sexta -feira uma medida idêntica que vai atingir sobremaneira a TAP, que efectua sete voos por semana para Luanda.

Fontes familiares ao dossiê disseram à Voz da América que a controvérsia começou com o que chamam de implicância das autoridades francesas que foram quem levaram o caso à União. Os peritos franceses questionaram primeiro em Fevereiro, e depois em Maio, o facto de os aviões usados pela TAAG na linha para Paris não terem os manuais actualizados.

Luanda diz em sua defesa que dos cerca de 30 pontos constantes no <security check>, apenas está em falta em relação a cinco, tendo a este propósito recorrido a uma companhia.

Os angolanos estão igualmente agastados com o facto de a União Europeia ter recusado à TAAG uma excepção idêntica a que dera à companhia da Indonésia, que foi autorizada a continuar a empregar os seus Beoings 777, avião similar ao que TAAG possui.

Questionado sobre o processo negocial, as fontes da Voz da América disseram que o governo de Angola acompanhou tudo desde o principio, o que explica a decisão rápida de se responder nos mesmos termos.

Fonte angolana disse que o seu país está preparado para tudo. Luanda tem uma ténue esperança no que poderão fazer alguns <lobbistas> entre os quais se contam a TAP e o governo português que esta semana assumiu a presidência da União Europeia.

Entretanto quem parece fora desta refrega é o presidente da União, Durão Barroso, que por força da antecipação da reunião do comité Intergovernamental da União, cancelou a visita que deveria efectuar a Angola a partir do próximo dia 14.

Entretanto fonte da TAAG disse não haver nada em definitivo em relação à possibilidade de se recorrer a Cabo Verde e ao TACV no transporte de passageiros para Lisboa, e Paris em virtude dos aviões da companhia cabo-verdiana serem mais pequenos dos que os seus aviões.

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