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Levar a Cabo Ataques Terroristas


Mais de 20 pessoas estão a ser julgadas num tribunal em Nouakchott, crendo-se que algumas delas sejam próximas do Grupo Salafista para a Convocação e Combate na Argélia, uma organização militante ligada a al-Qaida.

Sete dos réus foram acusados de receber treino de militantes argelinos, com a intenção de levar a cabo ataques terroristas na Mauritânia e no Iraque, de acordo com o advogado Ahmed Ould Youssouf, bastonário da Ordem dos Advogados mauritanos.

Um outro grupo de réus é acusado de ter efectuado um ataque mortífero contra um quartel do exercito mauritano em 2005, onde foram mortos pelo menos 15 soldados.

Alguns dos réus foram presos durante a presidência de Maaouya Ould Sid’ Ahmed Taya, que foi deposto por um golpe de estado militar em 2005.

O editor para o Médio Oriente e Norte de África da revista Jane’s Country Risk, David Hartwell, disse que o novo governo mauritano, que foi democraticamente eleito no passado mês de Abril, quer provar que vai também ser duro para com os extremistas islâmicos.

“Não diria que o julgamento será usado politicamente, mas será certamente usado como prova de que o governo quer tomar uma posição firme sobre o terrorismo domestico e internacional na região.”

Mas Youssouf, o advogado mauritano, afirmou que o governo não tem provas fortes contra os réus.

O advogado disse que o governo mauritano não forneceu provas reais para substanciar as acusações feitas contra os réus.

Wolfram Lacher, uma analista sobre o Norte de África do grupo Control Risks, baseado em Londres, afirmou que a maioria das acusações não é suficientemente documentada.

“Alguns dos acusados serão libertados no final do julgamento ou serão condenados a penas muito leves”.

Mas Lacher acrescentou que o julgamento e muito importante de uma perspectiva política já que muitos dos réus foram presos sob circunstancias arbitrarias e mantidos detidos sem julgamento.

“Nesse contexto, a realização do julgamento significa um certo retorno ao primado da lei depois das medidas arbitrarias do regime anterior de Ould Taya e também pelo governo de transição militar no domínio do anti-terrorismo.

O governo de transição militar da Mauritânia adiou o julgamento ate que o poder fosse transferido para um governo democraticamente eleito.

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