A presença de soldados estrangeiros na Somália é controversa entre muitos somalis, especialmente membros e apoiantes da antiga União dos Tribunais Islâmicos.
Alguns grupos rebeldes ameaçaram matar soldados pertencentes à missão de manutenção da paz da União Africana, que começaram a chegar hoje à Somália através do primeiro contingente de tropas ugandesas.
Horas depois das tropas terem aterrado em Mogadiscio, a parte militar do aeroporto foi alvo de um ataque com granadas de morteiro desconhecendo-se se terá causado vítimas.
O porta-voz do exercito ugandes na Somália, capitão Paddy Ankunda, disse a VOA pensar que as explosões não foram dirigidas contra os seus soldados.
“Verdade que houve algumas explosões, mas elas não foram direccionadas contra as nossas forças. Não temos a certeza se há qualquer ligação entre os disparos e as tropas, mas brevemente saberemos”.
Existem noticias de que uma milícia pró - governamental próxima do aeroporto terá trocado fogo com aqueles que alegadamente dispararam as granadas de morteiro.
Entretanto, rebeldes e tropas etíopes, que apoiam o governo interino somali, confrontaram-se numa outra área de Mogadiscio, tendo as escaramuças, de acordo com a agencia Reuters causado pelo menos dois mortos.
Os 8000 soldados da força de manutenção de paz da União Africana estão mandatados para levar a estabilidade a Mogadíscio e outras áreas do país.
O capitao Ankunda explica:
“A nossa prioridade é assegurar que não haja mais tiroteios na Somália e garantir que as partes se sentem à mesa das negociações quando o cessar-fogo for estabelecido. A nossa missão não é combater ninguém aqui”.
O oficial ugandes afirmou que as suas e outras tropas estão na Somália para permitir que o governo de transição leve a cabo o seu trabalho.
Desde que a guerra civil irrompeu na Somália em 1991, com o derrube do presidente Siad Barre, milícias leais a clãs e sub-clãs tem controlado diferentes partes do país, sem uma autoridade central que forneça a lei e a ordem ou serviços básicos as populações.
Um parlamento provisório Somália foi constituído no vizinho Quénia há mais de dois anos, após um processo de paz regional.