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Prolongamento da Missão de Capacetes Azuis no Haiti


O voto para o prolongamento da missão de capacetes azuis no Haiti foi unanime, mas só foi possível no final de acesos debates entre os membros do Conselho das Nações Unidas.

Quando em 2004 foi aprovado o contigente militar para o Haiti, MINUSTAH, diplomatas disseram ser necessária uma presença de vinte anos para garantir a estabilidade naquele país. Eles notaram que uma retirada prematura de anteriores missões das Nações Unidas levou ao recomeço das ilegalidades.

Vários membros do Conselho de Segurança, incluindo o dos Estados Unidos da América, juntamente com os do Peru e Panamá estavam favoráveis a uma extensão da missão por doze meses,... como sinal da continuidade do apoio a reconstrução do Haiti.

Mas a China que não tem relações diplomáticas com Port-au-Prince defendeu uma renovação por apenas seis meses. No final, os dois lados comprometeram-se em oito meses.

Diplomatas chineses negaram que as objecções tem ligação com o facto do Haiti ter relações diplomáticas com o Taiwan. O embaixador chinês, Wang Guangya, cujo discurso é aqui traduzido em inglês, argumentou-se de que um curto mandato é melhor na sua opinião, por causa da controversa repressão em que são alvos os capacetes azuis por parte dos gangs de criminosos haitianos.

“MINUSTAH tem recentemente reforçado as suas operações militares contra gangs armados. Embora necessárias para curto prazo, estas operações militares não devem ser uma boa estratégia ao longo prazo. Certos parágrafos do texto de resolução dão ênfase as acções militares, mas falham ao não dar uma atenção adequada as questões importantes como a reconciliação política e a recuperação económica”.

A resolução adoptada na Quinta-feira apela as forças das Nações Unidas a continuar a apoiar a campanha da policia haitiana, na luta contra os gangs de rua, especialmente na capital Port-au-Prince.

Haiti faz parte dos países mais pobres do mundo. Relatórios publicados recentemente apontam que em oitenta por cento dos países das Caraíbas, 8,3 milhões de pessoas vivem abaixo da linha da pobreza, com menos de metade de um dólar por dia.

A missão das Nações Unidas chefiada pelo Brasil chegou a Haiti em 2004 para por cobro as violências que se seguiram deposição do então presidente Jean-Bertrand Aristide.

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