Links de Acesso

Ban Ki moon Apoia Reforço da Segurança em Bagdade


O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, saudou os esforços que possam trazer maior segurança ao Iraque, mas os actos de violência em Bagdade e nos arredores preocupam aquele dirigente que se questiona sobre se deverá enviar mais funcionários das Nações Unidas para aquela zona.

Na sua primeira conferência de imprensa, na qualidade de secretário-geral da ONU, evitou pronunciar-se directamente sobre o plano do presidente Bush para enviar mais tropas para o Iraque para fazer face à vaga de violência sectária. Mas disse concordar com o objectivo do presidente americano de reduzir os assassinatos de motivação sectária: “De uma forma geral, no entanto, as Nações Unidas saúdam esforços genuínos para melhorar a segurança para os cidadãos iraquianos, bem como para estabilizar o país através de uma combinação de meios políticos, económicos e de segurança”.

Ban disse ainda que as Nações Unidas irão manter-se em estreito contacto com o governo iraquiano e com o que designou por outros parceiros para debater a melhor forma de apoiar os esforços de estabilização no Iraque. O secretário-geral da ONU expressou, no entanto, profunda preocupação de que os esforços para travar a violência sectária possam levar a mais morte e sofrimento entre a população iraquiana: “É muito preocupante e nós estamos muito apreensivos acerca da continuação da violência sectária e, por isso, esperamos que o governo iraquiano tome as medidas necessárias para garantir a sua própria estabilidade política e social”.

A ONU reduziu a sua equipa ao mínimo essencial no Iraque, depois do atentado bombista de Agosto de 2003 contra a sede das Nações Unidas em Bagdade. Estão, neste momento, cerca de cem funcionários da ONU no Iraque, a maior parte dos quais trabalhando em questões humanitárias e políticas, protegidos por uma força de cerca de 2oo guardas das Ilhas Fiji.

O antigo secretário-geral da ONU, Kofi Annan, recusou, repetidamente, pedidos dos EUA para aumentar o envolvimento da ONU em Bagdade e o actual chefe da ONU deverá ser pressionado no mesmo sentido quando se deslocar, na semana que vem, a Washington, para conversações com o presidente Bush.

Mas, quando questionado sobre o aumento da equipa da ONU, Ban Ki moon não se comprometeu: “Nós mantemos lá algumas missões e iremos continuar a participar naquele processo tanto quanto pudermos. A nossa participação, nesta altura, está a ser largamente ditada pela situação de segurança no terreno. Vamos manter consultas e acompanhar a situação.”

Ban Ki moon disse apoiar o encerramento da prisão americana de Guantanamo Bay, em Cuba. Sublinhando que estava a falar no quinto aniversário da abertura daquele campo prisional, o secretário-geral da ONU disse concordar com o apelo lançado por Kofi Annan no sentido do seu encerramento. Mas notou que também o presidente Bush disse que gostaria de encerrar aquelas instalações onde se encontram cerca de 400 indivíduos suspeitos de terem ligações com a Al Qaida e com os Taliban.

XS
SM
MD
LG