O presidente George W Bush está a ultimar uma série de reuniões destinadas a encontrar o que ele designa como “um novo caminho em frente” para o Iraque. Bush deverá anunciar a sua nova estratégia no início do próximo ano.
O presidente Bush reuniu-se com destacados elementos do Departamento de Defesa na última consulta publicitada nos media para consultas com as chefias militares sobre o Iraque, antes da sua equipa de segurança nacional decidir os novos planos. Disse Bush: “Vou divulgar os meus planos depois de ter deliberado longamente. Não me vou precipitar ao tomar uma decisão difícil, uma decisão necessária para dizer às nossas tropas que lhe iremos dar os meios necessários para serem bem sucedidos e uma estratégia para os ajudar a vencer”.
O presidente Bush afirma que é no interesse dos EUA ajudar o governo iraquiano a manter-se de pé, por si só, a defender-se e a tornar-se num aliado na luta alargada contra o terrorismo global: “Nós não iremos desistir. O que está em causa é demasiado importante e as consequências demasiados graves para entregar o Iraque às mãos dos extremistas que querem fazer mal ao povo americano e ao povo iraquiano”.
Durante a sua deslocação ao Pentágono, Bush reuniu-se com o estado-maior das Forças Armadas americanas, com o seu chefe, o general Peter Pace, e com o demissionário Secretário da Defesa, Donald Rumsfeld, e com o seu sucessor no cargo, Robert Gates.
Antes destas conversações, Bush telefonou ao presidente iraquiano, Jalal Talabani, e ao líder regional curdo, Massoud Barzani.
O presidente incluiu ainda nas suas consultas, esta semana, o vice-presidente iraquiano, , os comandantes militares americanos no Iraque, a Secretária de Estado e o Conselho Nacional de Segurança.
O porta-voz da Casa Branca, Tony Snow, afirma que a ampla revisão da política americana para o Iraque não atrasou, de forma nenhuma, as operações militares em curso naquele país: “Não é o caso de termos regressado aos quartéis e tapado os canhões, aguardando ordens. Na realidade, prosseguem operações militares agressivas contra células terroristas em Bagdade. E tem havido enérgicas operações na região de Anbar, nas últimas semanas”.
Entretanto, uma sondagem feita pelo “Washington Post” refere que 70 por cento dos americanos desaprovam a forma como o presidente tem vindo a gerir a situação no Iraque. A maioria dos inquiridos está em crer que os EUA estão a perder a guerra e apoiam uma retirada de quase todas as tropas combatentes americanas até ao início do ano 2008.