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Um Milhão e 200 Mil Bébés Morrem Por Ano na África Sub-Sahariana


Um novo relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) refere que a África Sub-Sahariana é a região mais perigosa do mundo para se nascer. Mas, aquele documento refere haver medidas de baixo custo capazes de, seguramente, salvar centenas de milhar de vidas de recém-nascidos.

O relatório da OMS refere que, todos os anos um milhão e 200 mil bébés na África Sub-Sahariana morrem nos primeiros 28 dias de vida. A directora do Departamento da OMS para as Crianças e os Adolescentes, Elizabeth Mason, afirma que cerca de 800 mil destas vidas poderia ser salvas aplicando procedimentos médicos simples e oferecendo às mulheres grávidas informação: “Por exemplo, se 90 por cento das mulheres e dos bébés tivessem sido alvo destas intervenções, incluindo a imunização das mães contra o tétano, evitando o tétano neo-natal, fornecendo uma assistente treinada para assistir ao parto, tratando rapidamente as infecções do recém-nascido e educando as mães acerca da higiene necessária, mantendo o bébé aquecido e alimentando exclusivamente ao peito o recém-nascido”.

A dr. Mason afirma que estas intervenções não são caras. E adianta que salvar vidas de recém-nascidos em África irá custar cerca de um dólar e 40 cêntimos por pessoa ou seja, mil milhões de dólares por ano.

A OMS refere ainda que meio milhão de bébés africanos morrem no dia em que nascem e que a maioria dessas mortes ocorrem em casa. O documento nota que a Libéria tem a mais alta taxa de mortalidade de recém-nascidos, com 66 mortes por cada mil nascimentos, comparado com menos de duas mortes por cada mil, no Japão.

A OMS afirma que metade de um milhão e 160 mil mortes de recém-nascidos ocorrem em apenas cinco países. A saber: Nigéria, República Democrática do Congo, Etiópia, Tanzânia e Uganda.Apenas na Nigéria registam-se 255 mil mortes à nascença todos os anos.

Mas, o relatório adianta também que seis países africanos com baixo rendimento fizeram progressos significativos reduzindo a taxa de mortalidade à nascença. E nota que a redução vai dos 20 por cento na Tanzânia e no Malawi aos 39 por cento no Burkina Fasso e aos 47 por cento na Eritreia.

A dra Mason afirma que a Eritreia constitui um exemplo de um país pobre, mas que fez significativos progressos ao reduzir a mortalidade dos recém-nascidos porque começou a investir na resolução deste problema há 20 anos atrás: “Eles têm, sistematicamente, durante os últimos 20 anos, revisto a sua infra-estrutura. Penso haver países que olharam para a sua infra-estrutura e providenciaram assistentes para assistir aos partos e, consequentemente, conseguiram reduzir significativamente a taxa de mortalidade. Ao mesmo tempo, reduziram também a mortalidade materna”.

O relatório da OMS afirma que os esforços para evitar que os recém-nascidos morram também salvam as vidas das mães. Presentemente, morrem todos os anos em África 250 mil mães.

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