Milhares de pessoas da cidade de Bumba estiveram impedidas de votar nas eleições no domingo, depois de 12 secções de voto terem sido incendiadas e de se terem registrado recontros com as forças de segurança. Os manifestantes estavam irritados com a alegada fraude por parte de responsáveis eleitorais locais.
Entretanto, a comissão eleitoral do Congo anunciou que haverá nova votação amanhã, quarta-feira, na cidade de Fataki, na zona leste congolesa, onde milhares de boletins de voto foram queimados em distúrbios post-eleitorais. Os distúrbios seguiram-se à morte de dois responsáveis eleitorais às mãos de um soldado.
Enquanto isso prossegue a contagem dos votos da segunda volta das presidenciais entre o actual presidente Joseph Kabila e o ex-líder rebelde que virou vice-presidente, Jean-Pierre Bemba.
Os resultados finais só deverão ser conhecidos dentro de um par de semanas. Observadores internacionais apelaram aos congoleses para manterem a calma enquanto prossegue a contagem.
A votação encerra o primeiro ciclo eleitoral multipartidário no Congo, em mais de 40 anos. à primeira volta Joseph Kabila esteve perto de obter a vitória.
A votação neste país rico em minerais é considerada como o passo final num processo de paz que durou cinco anos e envolveu seis outros países, e causou cerca de quatro milhões de mortos.
Uma declaração conjunta de delegados de ambos os candidatos apelava aos apoiantes para aceitarem os resultados quaisquer que eles sejam.