O presidente Bush afirma esperar que o seu partido político mantenha o controlo de ambas as câmaras do Congresso nas eleições intercalares de 7 Novembro próximo. Estes comentários foram feitos na Flórida, onde passou a segunda-feira, a angariar fundos para a campanha eleitoral dos republicanos.
O presidente Bush afirma que os democratas, na oposição, estão geneticamente dispostos a aumentar os impostos e é por essa razão que irão perder as eleições.
Bush disse, durante um comício de republicanos, na cidade costeira de Sarasota, na Flórida, que os democratas têm consistentemente previsto que as reduções de impostas que têm sido feitas iriam arruinar a economia e aumentar o déficit, o que se não verificou.
Com a maior parte dos democratas a prever agora que irão assumir o controlo da Câmara dos Representantes, Bush afirma que estão errados, uma vez mais: “Os democratas têm feito muitas previsões. Na verdade, penso que já estão a tirar as medidas à casa. Se as suas previsões eleitorais forem tão fiáveis como as projecções económicas, o dia 7 de Novembro vai ser um dia bom para os republicanos.”
A maior parte das sondagens à opinião pública referem que os democratas irão ganhar o controlo da Câmara dos Representantes. O presidente diz que isso não vai acontecer. E elementos da Casa Branca dizem estarem a preparar uma agenda legislativa com base numa maioria republicana na Câmara dos Representantes.
Como o fez relativamente à sua própria reeleição, há dois anos, o presidente Bush retrata os democratas como fracos no que toca a questões de segurança nacional e cita como exemplo a sua oposição à legislação estipulando a forma como os suspeitos de terrorismo deveriam ser interrogados: “A vasta maioria dos democratas votaram contra dar aos profissionais o direito de interrogar para proteger a América. Estas são almas patrióticas, mas a sua visão do mundo está errada. E nós precisamos de tornar claro que continuaremos a controlar a Câmara dos Representantes para fornecer a protecção necessária.”
Os democratas dizem não ser contra os interrogatórios de suspeitos de terrorismo. Mas, a maioria opôs-se à legislação porque esta nega aos acusados o direito de questionar a sua prisão e permite que confissões feitas sob coacção possam ser usadas como provas.
Os democratas dizem que é Bush quem está a pôr em perigo a segurança nacional através da sua política para o Iraque, uma guerra que se está a tornar cada vez mais impopular entre os americanos: “O inimigo muda e nós mudamos também. Este inimigo adapta-se às nossas tácticas e estratégias e nós adaptamo-nos às deles. Nós estamos constantemente a mudar para derrotar o inimigo. Mas, se os democratas passarem a assumir o controlo , a sua política é, para mim, muito clara: É abandonar e fugir”
Os democratas afirmam querer que as tropas iraquianas assumam uma maior responsabilidade pela segurança dos iraquianos, para que as tropas americanas possam regressar a casa.
A administração Bush diz estar a cooperar com as autoridades iraquianas tendo em vista o estabelecimento de objectivos de segurança, económicos e políticos. Mas, funcionários da Casa Branca afirmam não terem um calendário para a retirada em si, porque isso iria encorajar o inimigo.