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ONU Dá 30 Dias ao Irão Para Travar Programa Nuclear


O Conselho de Segurança das Nações Unidas apelou para que o Irão suspenda o seu programa de enriquecimento de urânio, dando-lhe o prazo de um mês para o fazer.

A resolução exige que Terão suspenda todas as actividades relacionadas com o enriquecimento de urânio, um processo que pode ser usado tanto para fins militares como para fins civis.

Aquela resolução, que foi aprovada por 14 votos a favor e apenas o voto contra do Qatar, apela também para que o director da Agência Internacional de Energia Atómica informe o Conselho de Segurança até ao dia 31 de Agosto sobre se o Irão cumpriu com esta resolução. Se não tiver cumprido, diz o texto da resolução, o Conselho de Segurança poderá adoptar medidas consideradas apropriadas diplomáticas, abrindo caminho para sanções económicas ou políticas.

John Bolton, o embaixador americano junta das Nações Unidas, expressou satisfação face ao voto do Conselho de Segurança: ´´ Estamos satisfeitos com o facto do Conselho ter tomado uma acção firme e clara ao aprovar esta resolução. A busca de armas nucleares por parte do Irão constitui uma ameaça directa à paz e à segurança internacional e exige uma tomada de posição clara por parte do Conselho na forma de uma resolução vinculativa´´.

Teerão tem consistentemente declarado que o seu programa nuclear tem fins civis e objectivos pacíficos, uma perspectiva que foi repetida perante o Conselho de Segurança pelo embaixador iraniano, Javad Zarif: ´´O programa nuclear pacífico do Irão não constitui qualquer ameaça para a paz e estabilidade internacional e, por essa razão, abordar esta questão ao nível do Conselho de Segurança não faz sentido e destituído de quaisquer bases legais ou de utilidade prática.´´

Os peritos estão divididos sobre quando o Irão terá capacidade para obter conhecimentos científicos para fabricar bombas nucleares. As estimativas variam entre entre os quatro e os dez anos. Mas, os peritos estão de acordo de que o Irão se está a aproximar de um ponto de poder produzir, em larga escala, urânio enriquecido.

Durante anos que a Agência Internacional de Energia Atómica tem vindo a advertir o Irão para que ponha fim ao seu programa de enriquecimento de urânio, mas em vão.

O embaixador britânico junto das Nações Unidas, Emyr Jone Parry, disse perante o Conselho de Segurança estar profundamente preocupado com a não cooperação por parte do Irão relativamente à Agência Internacional de Energia Atómica: “Como a resolução de hoje faz notar, depois de mais de três anos, aquela agência ainda não está em posição de concluir se não há materiais ou actividades nucleares no Irão. Importantes questões, incluindo actividades com uma possível dimensão nuclear militar, continuam por responder”.

Jones Parry exortou o Irão a cumprir com a resolução da ONU por forma a evitar novas acções por parte do Conselho de Segurança.

O Qatar foi o único país com assento no Conselho de Segurança que votou contra a resolução. Falando através de um tradutor, o embaixador Nassir Abdulaziz al Nasser disse que esta resolução não foi oportuna:

“O facto deste projecto de resolução ter sido apresentado neste momento crítico, não serve a estabilidade da região nem a unidade deste conselho Isto apenas intensifica a conflagração na nossa região, queiramos ou não. Será que queremos ver outro vulcão irromper naquela região?”

O Conselho de Segurança tem agora que aguardar até o fim de Agosto para verificar se o governo iraniano irá cumprir as exigências feitas pela ONU.

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