Na Austrália, o acusador público disse que 13 homens presos no âmbito da maior operação anti-terrorista desencadeada no país se inspiraram em Osama Bin laden e que estavam empenhados em desencadear uma guerra santa violenta, um jihad.
Os 13 suspeitos são alvo de várias acusações incluindo pertencerem a uma organização terrorista.
Um dos réus é acusado ter sido treinado em armas e explosivos num campo no Afeganistão, controlado pela rede terrorista Al Qaida.
A acusação disse ao tribunal, numa sessão preliminar, que o alegado líder espiritual, Abdul Nacer Benbrika, exortou os seus seguidores a criar o caos nas cidades australianas.
Aquele clérigo terá, alegadamente, dito ao grupo que, se eles quisessem morrer pelo jihad deveriam criar os danos máximos, danos aos edifícios e danos em termos de vidas humanas.
é um dos 13 acusados e encontra-se preso. O seu advogado afirma que o clérigo se recusou a tomar parte na sessão de hoje no tribunal, tendo alegado que foi abusado numa ocasião anterior quando foi transportado da prisão para a sala de audiências.
Os réus foram acusados ao abrigo de uma lei anti-terrorista extremamente rigorosa, aprovada pelo governo australiano depois dos ataques de 11 de Setembro de 2001 contra os EUA.
No exterior do edifício do tribunal, na cidade de Melbourne, um pequeno grupo de activistas da defesa dos Direitos Humanos exigiu que a legislação em vigor seja abolida, alegando que as leis são vagas e que se destinam a esmagar a comunidade muçulmana na Austrália, reivindicação que é negada pelas autoridades.
Um dos manifestantes era Kim Bullimore, defendendo a abolição das leis anti-terroristas disse que ´´a organização de defesa dos Direitos Humanos organizou esta manifestação de protesto porque queremos chamar a atenção para a natureza draconiana das leis anti-terroristas´´ que foram avançadas pelo governo de John Howard e que foram apoiadas pelo Partido Trabalhista, na oposição.
O tribunal de Malbourne vai decidir se existem provas suficientes para que os 13 réus sejam julgados. Dez deles foram detidos pela polícia em operações policiais realizadas em Melbourne, em Novembro do ano passado.
Os outros três foram detidos em Março deste ano, tendo idades compreendidas entre os 21 e os 46 anos. Todos eles negaram as acusações que lhes foram feitas.
A audiência deverá prosseguir na próxima semana.