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Eliminar a Ameaça


Há mais de uma semana – dia após dia –mísseis israelitas e barragens de artilharia vem atingindo o interior do Líbano, enquanto foguetões Katyusha caiem sobre cidades e localidade do norte de Israel.

Israel afirma que o objectivo de recuperar dois militares israelitas raptados, a semana passada, pelo Hezbollah e eliminar a ameaça que o grupo militante constitui para Israel.

Existem indicações que os dirigentes israelitas vem o conflito de uma forma mais ampla.

O rapto, a doze do corrente mês de Julho, de dois militares israelitas pelo Hezbollah, bem como o rapto, em Gaza, semanas antes, de um outro militar por militantes palestinianos poderá ter sido o rastilho que desencadeou os confrontos, mas dirigentes israelitas e americanos acreditam que os militantes actuaram sob ordens da Síria e do Irão.

O primeiro ministro israelita, Ehud Olmert foi muito claro em fazer a ligação quando falou na segunda feira à noite no parlamento.

‘As organizações terroristas que operam a partir do Líbano e de Gaza não são mais do que contratados trabalhando sem autorização, encorajados e financiados por governos que apoiam o terrorismo, governos que se opõem à paz. Existe uma estrada do mal que vai de Teerão até Damasco.’

O primeiro ministro Olmert acusou a Síria e o Irão de provocarem os problemas, usando para tal o Hezbollah no Líbano e o Hamas em Gaza.

O general israelita na reforma Amidror concorda com esta afirmação, sublinhando que a Síria deseja recuperar a influencia no Líbano após as suas tropas terem sido forçadas a sair ha um ano, pelos libaneses e a pressão internacional.

Quanto ao Irão, refere a mesma fonte, trata-se da pressão internacional e as ambições nucleares.

‘Quando se olha para o Irão e as ameaças provenientes do Irão como uma resposta às iniciativas para impedir o Irão de se transformar em nuclear, pensamos em como podem faze-lo. Tendo em consideração os instrumentos que os iranianos possuem, o Hezbollah e o mais importante de todos.’

O general Amidror sustenta ser vital que Israel seja autorizado a terminar o trabalho, no Líbano para reduzir a influencia de Damasco e de Teerão.

Amidror vê igualmente um contexto mais alargado para o conflito: a guerra contra o terrorismo, e aquilo que denomina de onda de radicalismo islâmico no mundo, impulsionado por vitorias políticas e pela retirada de Israel do sul do Líbano em 2000 e de Gaza em 2005.

Nem toda a gente concorda com esta analise. O comentarista político israelita Eldar, do jornal Haaretz, antevê perigo em alargar os objectivos do conflito.

Afirma Eldar que não existe qualquer duvida quanto ao direito de Israel em se defender contra a ameaça do Hezbollah.

Sondagens de opinião recentes apresentam a vasta maioria dos israelitas a apoiarem a acção militar do governo. Mas Eldar alerta que no caso de Israel acabar envolvido na guerra brutal e prolongada, o apoio interno e internacional poderá desaparecer num instante.

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