Ontem em Washington, o porta-voz do Departamento de Estado Sean McCormack afirmou não poder confirmar se tropas etíopes entraram na Somália.
“Ouvimos essa informação e estamos a acompanhar a situação de muito perto. Iremos pedir ao governo da Etiópia para ser comedido. Mas a razão para esse aumento de tensão na área tem sido o movimento de algumas forças dos tribunais islâmicos ao redor de Baidoa”.
Quando interrogado se pensava que a presença de tropas etíopes podia ajudar a situação, o porta-voz do Departamento de Estado afirmou que Washington gostaria que o governo de transição da Somália e o Conselho dos Tribunais Islâmicos resolvessem as suas diferenças sem violência.
“Queremos obviamente ver qualquer tipo de dialogo pacifico entre o governo somali, as instituições federais e os tribunais islâmicos. Veremos se isso será possível”.
Combatentes do Conselho dos Tribunais Islâmicos tomaram o controlo da parte sul da Somália nas ultimas semanas, após terem derrotado senhores da guerra numa batalha pelo controlo da capital do país, Mogadiscio. As Nações Unidas apoiam o governo de transição da Somália, que tem pouco poder fora de Baidoa.
O porta-voz do Departamento de Estado disse que o chamado Grupo Internacional de Contacto na Somália vai reunir-se brevemente para discutir a situação.
“O Grupo de Contacto vai reunir para discutir o assunto e para ver o que é que se pode fazer no sentido dos seus membros contactarem as varias partes na Somália para se evitar uma nova espiral de violência”.
O Grupo de Contacto inclui representantes da Liga Árabe, União Europeia, União Africana e Estados Unidos.
O porta-voz do Departamento de Estado reconheceu que o governo de transição da Somália e, nas suas palavras, “fraco” e “não muito robusto”. Acrescentou que o Grupo de contacto esta também a procura de formas de o fortalecer por forma a que possa exercer um maior controlo sobre a Somália.