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Khalilzad:Violência Sectária em Bagdade é Desafio Significativo


O embaixador americano no Iraque prestou testemunho perante o Congresso dos EUA, sublinhando os aspectos positivos da situação político-militar no Iraque, mas admitiu que a violência sectária continua a constituir ”um desafio significativo” naquele país.

Em declarações feitas perante o Comité das Relações Externas do Senado, o embaixador Zalmay Khalilzad disse que os americanos têm boas razões para estarem estrategicamente optimistas acerca do Iraque, apesar da contínua violência sectária.

O diplomata realçou, a propósito, a participação política dos membros da minoria sunita que tinham boicotado as eleições de Janeiro de 2005.

Khalilzad disse ainda que, alguns grupos rebeldes, se tinham aliado ao combate contra os terroristas estrangeiros que operam no país: “Um divisão passou a existir entre os rebeldes sunitas e a Al Qaida com aspectos irreconciliáveis e com alguns grupos rebeldes a oferecerem-se para ceder informações secretas ou para conduzir operações contra os terroristas. Os países da região, tal como a comunidade internacional, estão a reavaliar a sua leitura acerca das perspectivas futuras do Iraque, com a certeza de que o novo governo será bem sucedido e através da opção de aumentarem o seu envolvimento não militar no Iraque”.

Mas,o próprio embaixador Zalmat Khalilzad admite existirem razões para preocupação: “Os terroristas adaptaram-se na exploração das fraquezas de natureza sectária iraquiana, ao ponto da violência sectária ter se tornado num significativo desafio para o futuro do Iraque. A situação de segurança em Bagdade continua extremamente delicada, já que a capital se tornou no principal foco dessa violência sectária. Alguns países, particularmente a Síria e o Irão, continuam engajados em acções de desestabilização do Iraque, servindo nomeadamente de santuário, de campo de treino e financiando e armando os combatentes extremistas que operam contra o novo governo”.

Numa intervenção feita no início da semana aqui em Washington, o embaixador Zalmay Khalilzad recusar-se a caracterizar a vaga de violência no Iraque, como indício de uma guerra civil.

Ontem, Khalilzad já deixou em aberto a possibilidade da situação de violência estar a evoluir para além da simples violência sectária. Disse Khalilzad: “Se isto é o princípio de uma guerra civil ou de algo que pode ser contido ou invertido, apenas de uma forma retrospectiva poderemos avaliar a situação no terreno”.

Aquele diplomata americano rejeitou, entretanto, o apelo no sentido da imediata retirada das forcas americanas no Iraque, com base na argumentação de que qualquer abandono repentino do país, poderia contribuir para a desestabilizacao de toda aquela região.

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