As forças militares dos Estados Unidos estão a procurar alargar o seu envolvimento na África Ocidental, onde assumiu alguns passos preliminares no sentido de construir relacionamentos e capacidade local.
O capitão Thomas Rowden chefiou duas missões a costa ocidental de África, levando unidades navais norte americanas e especialistas para trabalharem com os seus homólogos da região. Sublinha que a sua principal tarefa e da construir confiança e permitir aos especialistas trabalhar com as marinhas locais em questões como manutenção de equipamento, resposta a desastres naturais, fornecendo cuidados médicos e desenvolvendo liderança.
Até ao momento, o capitão não esteve envolvido em treino militar especifico, como o fizeram as tropas terrestres dos Estados Unidos, como parte das iniciativas para ajudar países africanos a impedir o terrorismo. Todavia refere que este género de treino estará presente no futuro.
‘Penso que seja algo que vai ocorrer com o tempo. O que penso que estamos a fazer neste momento e construir as bases para avançar-mos para a próxima etapa. Penso que seja um dos próximos passos que iremos executar no futuro, será o desenvolver de tácticas, de técnicas e procedimentos necessários para podermos usar a capacidades que estamos a construir por forma a resolvermos questões que nos tem sido postas.’
O capitão Rowden, que é comodoro da Força Tarefa da marinha Numero 65, sublinha que o relacionamento com as nações da África Ocidental é particularmente importante em face da crescente importância estratégica da região.
Os militares dos Estados Unidos não estão apenas preocupados com grupos terroristas que possam tirar vantagem de áreas sem governo na região, como sustenta o capitão, o Golfo da Guiné e as zonas próximas são cada vez mais pontos importantes de trânsito para vitais recursos naturais, incluindo petróleo, madeiras, cobre, ferro e mesmo urânio. Para alem disto, sublinha os homólogos africanos salientam questões que são de grande preocupação – a poluição, a caça furtiva, e o trafego de drogas e de pessoas.
‘Tudo isto são coisas que tem o potencial para desestabilizar o ambiente marítimo. E dada a importância estratégica do Golfo da Guine e a região ocidental de África pela vasta quantidade de recursos naturais que ali existem, penso ser importante que façamos o que pudermos para aumentarmos a capacidade de manter a segurança do ambiente marítimo para que possam continuar a utilizar o mar para escoarem os seus recursos para os mercados.’
O Capitão Rowden adianta estarem planeadas mais missões da marinha dos Estados Unidos à região ocidental de África, e do crescimento do relacionamento a passagem para o treino militar dependerá essencialmente de cada nação africana envolvida.