A Câmara dos Representantes aprovou, quarta-feira, uma resolução proibindo a concessão de qualquer ajuda directa à Autoridade Palestiniana, enquanto ela for dominada por um partido que exorta à destruição de Israel, isto numa clara alusão ao Hamas.
A resolução, aprovada por 418 votos a favor e um contra, realça que nenhuma ajuda americana será dada directamente à Autoridade Palestiniana enquanto um partido político representativo que detém a maioria dos assentos parlamentares na Palestina mantiver uma posição que apela para a destruição de Israel.
Em distintas intervenções, os legisladores americanos expressaram a sua oposição a possibilidade do dinheiro dos contribuintes americanos ser doado a autoridade palestiniana, pelo menos enquanto o Hamas não renunciar a violência e mudar de discurso.
Entre as intervenções, conta-se a do congressista democrata pelo estado de Nova Iorque, Gary Ackerman.
“ Quando o Hamas olha para a América, para a administração do presidente George Bush, para o Congresso eles não verá a dureza de posição e uma implacável rejeição. Não pode haver perdão para esses bandos de assassinos. E a ideia de dar o dinheiro dos nossos contribuintes para esses fanáticos sanguinários, gente que assassina a sua própria população e um insulto”
Apesar de se posicionar a favor da resolucao, o presidente do comite das relacoes internacionais da camara dos representantes, Henry Hide preferiu adoptar um discurso mais moderado..
Hide descreveu a vitória do Hamas nas eleições legislativas palestinianas como uma expressão clara da frustração dos palestinianos face a corrupção do partido Fatah.
Aquele influente congressista manifestou apelou ainda a contenção face ao eventual abandono do que considera de vias para se manter um engajamento construtivo com os palestiniano e as autoridades palestinianas.
“ Atar as mãos a administração do presidente George Bush não e do interesse da segurança nacional dos Estados Unidos. Necessitamos de reagir com cautelas. Ferir a sensibilidade dos palestinianos, seria o mesmo que premiar regimes terroristas como a Síria e o Irão, que procuram explorar o sofrimento dos palestinianos por razões meramente do interesse deles.”
Numa declaração por escrito, o novo líder da Câmara dos Representantes disse que a aprovação e por esmagadora maioria dos votos dos congressistas americanos da resolução, representa uma clara mensagem ao Hamas no sentido de que os Estados Unidos não vão pactuar com organizações terroristas.
Apesar da medida daquela câmara ter um caracter simbólico, os legisladores dos dois partidos com assento na Câmara dos Representantes submeteram recentemente projectos de leis em separado, propondo rígidas sanções contra as autoridades palestinianas.
A congressista republicana Ileana Ros Lehtinen e uma das proponentes do projecto de lei e defende que o Hamas continua representando o que de pior existe em termos de propaganda anti-israel e anti-judeus.
“A vitoria do Hamas nas eleições parlamentares palestinianas representa uma ameaça para a estratégia dos Estados Unidos, virada para uma paz regional. Não devemos permitir que dinheiro dos contribuintes americanos financie ou apoie directa ou indirectamente, o Hamas or qualquer outro grupo terrorista palestiniano, que glorifica o derramamento de sangue, o terror e o uso da violência como instrumento da política.”
Ros Lehtinen tem mantido negociações com a Casa Branca, na busca de um consenso sobre o texto final da medida legislativa.
Sabe-se que a proposta de lei prevê entre outras medidas o corte da assistência as autoridades palestinianas, a proibição de contactos diplomáticos com o Hamas e a recusa de vistos de entrada a funcionários ou membros da autoridade palestiniana.