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A Nigéria advertiu São Tomé e Príncipe


A Nigéria advertiu São Tomé e Príncipe a não permitir que considerações políticas e excessiva interferência prejudiquem e mutilem a exploração de recursos de hidrocarbonetos na Zona de Desenvolvimento Conjunto (JDZ) no Golfo da Guiné. A advertência é mencionada numa edição do jornal nigeriano “This Day.”

Os dois países gerem esta zona ao abrigo de um tratado assinado em 2001, e que até a data atribuiu seis blocos petrolíferos a companhias locais e a multinacionais.

Ao discursar na cerimónia de abertura de mais um encontro do grupo, o chefe da delegação nigeriana e ministro de Estado para os Recursos Petrolíferos, Edmund Daukuro lamentou o passo lento a que se processam questões técnicas que envolvem as operações na zona.

Segundo o ministro nigeriano o encontro destina-se a resolver questões pendentes que fazem adiar o desenvolvimento da zona, como, notou, a frequente politizar das questões referentes à administração da zona conjunta, e que afecta os interesses económicos dos dois países. Acrescentou que muitos dividendos já poderiam ter sido tirados se todos os blocos de petróleo tivessem sido atribuídos. Até agora apenas a Chevron começou exploração no bloco 1.

O ministro acabaria por pedir a delegação são tomense que ceda à Nigéria, o controle das áreas onde os nigerianos têm mais experiência na matéria da exploração petrolífera.

Por seu lado, o líder da delegação são tomense, o ministro dos Recursos Naturais, Deolindo Esperança, disse que o seu país trabalha com a Nigéria na base do respeito mútuo para que os dois possam avançar como um só os seus interesses económicos nas áreas fronteiriças comuns.

A execução do acordo entre os dois países para a gestão da zona comum tem estado ameaçada, depois de São Tomé ter questionado o processo de atribuição da exploração de cinco blocos petrolíferos.

Um inquérito mandado executar pelo Gabinete do Procurador-geral de São Tome referia sérios problemas na forma da atribuição dos blocos, por várias companhias escolhidas não terem o conhecimento técnico ou o dinheiro necessário à exploração.

Em causa estão 283 milhões de dólares a serem recebidos dos contractos atribuídos, com base nos bónus de assinatura oferecidos pelos vencedores em cada bloco.

Ao abrigo do acordo, a Nigéria receberá 60% dos rendimentos, e São Tomé os restantes 40%.

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