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O governo minoritário foi derrotado


No Canadá, o governo minoritário do primeiro ministro, Paul Martin foi derrotado num voto de confiança parlamentar, o que leva a nova eleição provavelmente nos finais de Janeiro próximo.

Escutaram-se gritos de jubilo após os três partidos da oposição no parlamento canadiano se terem juntado para aprovar uma moção de desconfiança no governo do partido Liberal. Por 171 votos contra 133, o gabinete de Paul Martin foi derrotado, 17 meses apenas após ter chegado ao poder.

O opositor de Martin, Stephen Harper, do partido conservador organizou a votação, acentuando esperar que as revelações de um escândalo que viu milhões de dólares em contratos governamentais irem para apoiantes do partido Liberal sob a direcção do antigo primeiro ministro Jean Chretien, irão convencer os canadianos a mudar a liderança do pais.

Os dirigentes da oposição forçaram, a semana passada, o voto de confiança após o primeiro ministro ter rejeitado o pedido de dissolução do parlamento e a realização de eleições no inicio do próximo ano.

A oposição espera poder capitalizar nos escândalos de corrupção envolvendo dirigentes do Partido Liberal, e ainda mesmo que o primeiro ministro tenha sido absolvido de qualquer erro, o sentimento popular contra o executivo é bastante elevado.

O primeiro ministro Martin manifestou-se optimista após a votação parlamentar adiantando que fará campanha para o próximo sufrágio destacando a consistência da economia canadiana.

‘Hoje em dia a inflação no Canada é baixa, as taxas de juros são baixas. Mais fácil adquirir uma casa. Mais fácil encontrar trabalho ... e isto é resultado do bom trabalho e a boa administração do governo liberal.’

As sondagens de opinião sugerem que o novo parlamento poderá não ter uma configuração muito diferente do actual.

Quando os canadianos se preparam para o primeiro sufrágio durante o inverno dos últimos 26 anos, o partido liberal de Martin apresenta-se com 35 por cento de apoio, seguido dos conservadores com 30 por cento e o partido de esquerda o partido da Nova Democracia, com 20 por cento.

O partido separatista, o Parti Quebecois, que apenas fará campanha no Quebeque, tem 60 por cento de apoio.

Embora a oposição aplauda a queda do governo de Martin, os analistas políticos sustentam que o novo sufrágio, previsto para ocorrer a 23 de Janeiro, poderá não alterar muito a composição do novo parlamento.

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