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Alguns hospitais em Singapura


Alguns hospitais em Singapura viram-se forçados a adiar operações cirúrgicas não criticas para libertar camas para doentes com febre de dengue.

Perto de 9 mil pessoas foram infectadas este ano com aquela doença transmitida por mosquitos, quase do dobro em relação ao ano passado. Pelo menos oito pessoas morreram.

Os mosquitos estão também a causar estragos no norte da Índia onde uma erupção de encefalite japonesa matou mais de 500 pessoas e infectou mais de duas mil outras, na sua maioria crianças, desde Julho.

No vizinho Nepal, a encefalite japonesa terá matado mais de duas mil pessoas nos últimos dois meses.

Erupções de ambas as doenças ocorrem muitas vezes na Asia, mas este ano a situação está pior.

O Dr. Kevin Palmer, um especialista em febre de dengue da OMS, sediado em Manila, nas Filipinas, afirmou que as pessoas tornaram-se menos preocupadas em controlar os mosquitos, que se reproduzem em agua estagnada.

“Como se existisse um ciclo de entre três a cinco anos. Entre o ciclo as pessoas esquecem-se. Começam a juntar contentores nas suas casas, nas varandas e noutros locais e tudo o que os mosquitos precisam e um ano com uma boa combinação de temperaturas certas e a quantidade exacta de chuva e bangué – temos uma erupção.”

A febre de dengue causa febres altas e dores intensas nas articulações e em casos graves pode levar a morte. Não há vacina.

Ao contrario do dengue, há uma vacina para a encefalite japonesa – que ataca as membranas que envolvem o cérebro. Mas a vacina pode ser muita cara para os pobres. Os casos fatais podem atingir os 60 por cento, enquanto que um terço dos sobreviventes podem sofrer danos no sistema nervoso.

No empobrecido Estado indiano de Uttar Pradesh, os hospitais estão a lutar para conter a encefalite japonesa. As autoridades hospitalares afirmam que a falta de vacinas, medicamentos e respiradouros estão a dificultar os seus esforços.

Mas o Dr. Mahendra Bandaria, do Hospital da Universidade de King George em Lucknow disse que a situação no seu hospital está a melhorar.

“Existem bastantes medicamentos. Estamos a cuidar dos nossos doentes e a situação está sob controlo.”

Peritos de saúde publica afirmam que as doenças transmitidas por mosquitos situam-se muito abaixo na lista de prioridades de governos pobres na Ásia, embora sejam facilmente evitadas com mosquiteiros e pulverizadores e controlando a procriação dos mosquitos.

Peritos sugerem também mudanças urgentes nas quintas agrícolas asiáticas onde porcos e humanos vivem lado a lado – aumentando o risco da encefalite japonesa. Os porcos transportam a doença e os mosquitos transmitem-na de animais para os humanos.

A Organização Mundial de Saúde disse que a encefalite japonesa mata cerca de 15 mil pessoas todos os anos na Ásia.

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