Comboios de tropas israelitas estiveram em movimento durante a noite, quando, finalmente nas primeiras horas da madrugada, o General Avi Kochavi, tornara-se no último soldado judaico a abandonar Gaza, pondo fim a 38 anos da ocupação israelita daquela faixa costeira.
Entretanto, enquanto os israelitas rumavam para a saída, os palestinianos se preparavam para entrar:
‘....milhares de Palestinianos em júbilo inundaram os aldeamentos abandonados ...gritando...agitando bandeiras ...e dançando em celebrações de júbilo.’
Mas, o caos e os saques não faltaram, enquanto alguns jovens palestinianos incendiavam sinagogas deixadas intactas pelos colonos judaicos em marcha. O jornalista palestiniano, Khalil Assali, assistiu a algumas cenas no antigo aldeamento de Netzarin. Disse à Voz da América o que viu:
’...em Netzarin havia uma sinagoga ...vimos muitos palestinianos a entrarem na sinagoga...incendiaram-na. Disseram-me que em alguns lugares ainda jovens palestinianos destruíram sinagogas, mas as forças palestinianas não permitiam que quaisquer jornalistas se aproximassem dos locais porque a situação é muito sensível...é verdade, vimos muitos actos de pilhagens...crianças e pessoas adultas a apoderarem-se de tudo...tais como restos de balas usadas...pedras...tudo...’
Khalil Assali disse que as ruas através do território de Gaza estavam apinhadas de gente e de trafico de palestinianos que se dirigiam aos aldeamentos abandonados, e que se tornara num grande divertimento para os Palestinianos destruírem qualquer objecto abandonado nos aldeamentos judaicos por estes representarem ódio e humilhação no passado.
Apesar do facto de não ter sido uma transferência pacifica, o Presidente palestiniano, Mahmoud Abbas, classificou a ocasião como sendo um dia de alegria e esperança:
...é um dia de celebração, disse, por ser o fim do longo período do regime israelita que o líder palestiniano denunciou como tendo sido cheio de injustiças, humilhações e matanças, que agora terminaram. Mas adiantou afirmando que fica ainda um longo caminho a percorrer para os Palestinianos alcançarem o estatuto de estado.