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As autoridades chinesas publicitaram as manobras militares


As autoridades chinesas publicitaram as manobras militares, com os jornais governamentais a classificarem as mesmas ... como o inicio de uma nova aliança estratégica entre os dois países vizinhos.

Alguns especialistas – tanto chineses como ocidentais – consideram as manobras como uma mensagem para os Estados Unidos de que a influencia de Washington no Leste e na Ásia Central não se encontra isolada.

June Dreyer, professora de ciências políticas da Universidade de Miami, e membro da Comissão de Revisão Económica e Segurança Estados Unidos – China, encontrou-se esta semana, em Pequim, com responsáveis chineses.

Considera ela que as manobras constituem um sinal do crescendo de impaciência em Pequim, à medida que os Estados Unidos reforçam os laços com outros países da região.

'Penso que tenham sido concebidos para enviar um sinal aos Estados unidos para que tenham cuidado. Penso que, em certa medida, o Japão era também um alvo, Penso igualmente que os chineses têm estado muito preocupados com a aliança Japão – Estados Unidos.'

A Rússia e a China não convidaram os Estados Unidos para observarem os exercícios, que incluíram a simulação de um bloqueio naval, o disparar de mísseis ar-ar, e ainda outros exercícios envolvendo material incluindo submarinos nucleares, destroyers e helicópteros.

Alguns dos exercícios decorreram não muito longe da Formosa. Os analistas referem que Pequim deseja exibir o seu poderio militar ao governo da ilha, que a China reclama como sendo parte do seu território, e tem ameaçado ocupar pela força.

Para a Rússia, os benefícios das manobras conjuntas são essencialmente de ordem económica. As manobras permitiram a Moscovo oportunidade de exibir os últimos exemplares de armamento que deseja vender a China. Pequim, que esta a proceder à expansão rápida das suas capacidades militares, e o maior comprador de equipamento militar russo.

Os exercícios, embora tenham sido destinados a mostrar o amadurecimento de uma aliança entre os dois países, não altera séculos de conflito e de suspeição que caracterizam o historial do seu relacionamento.

As forças chinesas e soviéticas confrontaram-se ao longo da fronteira em 1969, e as disputas territoriais ainda prosseguem. Mais, o recente aparecimento da China com um grande investidor no Extremo Oriente da Rússia, provocou ansiedade em muitos russos.

Muitos empresários e políticos russos consideram a China como uma potencial ameaça, e se a China investir o seu capital, poderá ser perigoso para a segurança russa.

Alguns analistas referem que uma aliança profunda e duradoura não parece, de momento, provável, acentuando que Pequim e Moscovo – apesar da melhoria de relacionamento – não tem chegado a acordos sobre questões chave como a construção de um oleoduto petrolífero e as reivindicações chinesas, de longa data, sobre território russo.

Em declarações o secretario norte americano da Defesa, Donald Rumsfeld referiu que, embora as forcas dos Estados Unidos tenham observado o que se passava, não viram nas manobras, nada que constituísse ameaça para a Formosa ou para alguém.

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