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Imediato retorno a ordem constitucional na Mauritânia


Os Estados Unidos apelaram a um imediato retorno a ordem constitucional na Mauritânia, na sequência de um golpe militar protagonizado ontem por um grupo de oficiais militares daquele pais africano e que culminou no derrube do poder, do presidente Maouya Ahmed Ould Taya.

Idêntico apelo fora igualmente lançado tanto pelas Nações Unidas, e pela União Africana.

Aqui na capital Washington, altos funcionários americanos não obstante admitirem que a presidência de Ould Taya, ha 20 anos no poder, fora marcado por frequentes situações de abuso dos direitos humanos, defendem entretanto não serem os golpes de estado a melhor via para a resolução dos problemas, pelo que a semelhança da ONU e da União Africana, instaram os golpistas a devolverem o pais, a ordem constitucional.

Numa conferencia de imprensa, o porta voz do departamento de estado Thomas Casey disse que a situação na capital mauritaniana, Nouakochot, continua pouco clara e que a embaixada dos Estados Unidos continuava a monitorizar de perto o evoluir dos acontecimentos.

Casey disse ainda que os Estados Unidos juntavam a sua voz a União Africana, na condenação da violência, a um pacifico retorno a ordem constitucional e a reposição do governo do deposto presidente Ahmed Oul Taya.

‘Ele é constitucionalmente o presidente da Mauritânia. Temos relacionado com ele, nestes termos e certamente não existem razões, na nossa perspectiva para acções extra constitucionais.

O presidente Ahmed Ould Taya encontrava-se ausente do pais, quando os militares decidiram assumir o poder e controlar as principais instituições do pais, nomeadamente a estação de radio e a televisão estatal .

Num comunicado lido nas antenas da radio e da televisão da Mauritânia, um grupo auto denominado Conselho Militar para a Justiça e Democracia anunciava ter assumido o poder, para por cobro ao que consideram de praticas totalitárias do governo de Ould Taya.

O departamento de estado denunciou no inicio do ano a situação dos direitos humanos na Mauritânia, conhecida pelos casos de constantes abusos perpetrados pelas forças de segurança, pelas restrições à liberdade de expressão, de associação e de religião.

Entretanto, um alto diplomata americano disse à imprensa que o derrube pela força das armas, de um presidente eleito, mesmo reconhecendo os problemas, e algo que os Estados Unidos nunca apoiariam.

Comentários semelhantes foram proferidos pela União Africana, que alega por seu lado que qualquer mudança de governo, que não obedeça aos mecanismos previstos pela constituição, será inaceitável.

O secretario geral das Nações Unidas, Koffi Annan manifestou-se por seu lado profundamente preocupado com os acontecimentos na Mauritânia.

Recorde-se que o presidente Ahmed Ould Taya chegou ele mesmo ao poder, através de um golpe militar, sem derramamento de sangue, em 1984, tendo posteriormente sido eleito em três ocasiões para o cargo, o ultimo dos quais em Novembro do ano passado, numas eleições consideradas fraudulentas pela oposição.

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