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Bill Clinton ainda presta grande atenção ao continente africano


Embora seja um cidadão privado, Bill Clinton ainda presta grande atenção ao continente africano, tal como o fez quando era presidente. Recentemente deslocou-se a seis nações africanas, destinada a chamar as atenções para a crise de SIDA no continente.

'Faço isto por que sempre estive interessado na SIDA, sempre interessado por África, interessado pela América Latina e o mundo em desenvolvimento.'

Durante os anos que esteve na Casa Branca, Clinton assumiu o compromisso de ajudar África, entre outras coisas, a promover o alivio da divida do continente e trabalhar no sentido de remover os obstáculos que impedem os produtos africanos de chegar os mercados do Ocidente.

Foi um grande apoiante da AGOA, legislação que assinou, a 18 de Maio de 2000, no final da sua presidência. A legislação oferece incentivos aos países africanos para prossigam com as iniciativas de abrir as economias e construir mercados livres.

Ao abrigo da AGOA, quase seis mil e 400 produtos africanos beneficiam de tratamento comercial preferencial, podendo ser exportados sem impostos de África para os Estados Unidos ate ao ano de 2015.

Embora a AGOA receba elogios, muitos especialistas acentuam existirem outros assuntos que necessitam de ser abordados.

Stephen Hayes, presidente do Conselho Empresarial para África, uma organização norte americana dedicada a melhorar os laços comerciais e de investimento entre África e os Estados Unidos, considera que África vai continuar a necessitar de ajuda exterior para ultrapassar alguns obstáculos básicos.

'Inclui – se a infra-estrutura, melhor governação, o desenvolvimento de pequenas empresas. E penso que teremos de tratar dos mecanismos para financiar o desenvolvimento dessas empresas de pequena e media dimensão em África.'

O presidente Clinton concorda em que muito mais tem de ser feito para ajudar a saída dos recursos naturais do continente para os mercados exteriores, bem como melhorar as trocas comerciais entre os Estados Unidos e África.

'Penso ser uma critica legitima que não tenha sido feito o suficiente em vários países para ajudar a construir a infra-estrutura necessária para diversificar as exportações para os Estados Unidos.'

Uma outra área de preocupação reside num dos produtos africanos que nações ocidentais necessitam : o petróleo.

Neste momento, as nações africanas produtoras de petróleo tem sido as principais beneficiadas pela AGOA. Dos 26 mil milhões de dólares que a África ganhou com as exportações de petróleo para os Estados Unidos, em 2004, 87 por cento foram provenientes do petróleo.

Alguns observadores manifestam preocupação pelo facto de o principal interesse da América pelo petróleo Africano leve a intervir em áreas onde não teria feito anteriormente.

Michael O’Hanlon, da Brookings aqui em Washington, refere que ate este momento os Estados Unidos tem evitado envolvimento nos conflitos da África Ocidental região rica em petróleo, mas sublinha serem crescentes as preocupações de Washington em manter a paz, sem ser devido ao petróleo.

'Os Estados Unidos estão um pouco mais preocupados com os conflitos civis em África do que era habitual devido à possibilidade de ter um relacionamento com a guerra ao terrorismo.'

Clinton refuta a acusação de que o interesse da América em África e baseado essencialmente no seu petróleo, refere que outros países estão a receber mais petróleo de África, pois ao contrario dos Estados Unidos, não levantam questões sobre os direitos humanos.

Apesar dos especialistas considerarem que o petróleo constituiu agora a maior partida das exportações africanas para o Ocidente, Clinton espera que venha a ser sempre assim, e que aumente nomeadamente a exportação de produtos agrícolas.

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