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A maior partes destas publicações


John Hiler, que publica o jornal de internet ”Microcontent News” sobre outros jornais publicados também só na internet e sobre o mundo destas publicações, fazia há uns anos, esta mesma pergunta.

Quando os que publicam estes jornais na internet vão para além de dar as suas opiniões e começam a investigar e a escrever informação, passam a ser ”verdadeiros” jornalistas? Quando não há editores para verificarem os seus factos e apresentam tendências claras a favor de um ou outro ponto de vista político.

A maior partes destas publicações, conhecidas por ”blogs” são todavia de caracter pessoal -- em que se fala sobre experiências pessoais ou se procura outros para falar sobre política ou eventos mundiais. Os que publicam estes jornalinhos na internet são conhecidos por ”bloggers.” Os utilizadores da internet descobrem estas publicações por acaso, ou por recomendação de alguém. Há ainda serviços de busca dedicados em exclusivo a fornecer informações sobre estas publicações ou ”blogs”

Nos últimos tempos registou-se uma maior discussão sobre as qualificações jornalísticas destes bloggers. Por exemplo uma discussão centrou-se em redor do tema ”São os bloggers e os jornalistas amigos ou inimigos?”

Jim Hill, do Washington Post disse, por exemplo, que os bloggers ”são bem-vindos como parte da comunidade jornalística.”

‘Um jornalista pode ser qualquer pessoa que escreve num papel -- e quão antiquada é esta frase na era electrónica -- e espalha notícias.’

Danny Glover escreve sobre a sua vida pessoal -- como a adopção dos seus filhos. Mas também é responsável por uma publicação sobre tecnologia para a revista National Journal. Ele diz que muitos jornalistas desprezam os bloggers chamando-lhe nomes como ”estúpidos que salivam”...ele diz que não vai tão longe, mas não considera os bloggers como jornalistas.

“Eles são adversários intelectuais envolvidos numa guerra de informação do século XXI. Serão os bloggers jornalistas? A minha resposta é um claro ”não.” Os bloggers não são jornalistas e não têm desejo de o ser. São activistas de base, que se quiserem deixar os seus empregos, se irão envolver em política, não no jornalismo.”

Contudo, Danny Glover admite que os bloggers por vezes desempenham um papel jornalístico, como por exemplo quando verificam declarações de políticos. ”Só que fazer jornalismo não nos transforma em jornalistas” -- ressalva Danny Glover ” da mesma forma como emprestar dinheiro a um amigo não nos transforma em banqueiros.

Um dos mais conhecidos bloggers americanos é Ed Morrissey, que publica um blog conservador ”Captain`s Quarters” que uma vez foi abaixo ao tentar ser acedido por mais de 20 mil pessoas, por dia. Segundo ele, bloggers procuram informação para a partilhar com os leitores. ”E isso é jornalismo, independente do que chamamos à pessoa que o faz,” afirma ele.

Morrissey reconhece que os bloggers com frequência apresentam preferências partidárias e que bloggers com tendências políticas moderadas são difícceis de encontrar. Mas afirma que os jornalistas da imprensa estabelecida também têm as suas preferências, escondam-nas ou não.

“Os bloggers podem ser no mesmo dia jornalistas, críticos, auto-promotores de algo. Tal como os nossos próprios editores, temos a flexibilidade de fazer aquilo que achamos dever fazer. O nosso impacto no desempenho desses papéis depende do nível de confiança que construímos com os nossos leitores.”

O jornalismo é reconhecido desde há muito como uma carreira viável e honrada. Também poderosa -- chamada de o ”Quarto Poder” ao lado dos ramos executivo, legislativo e judicial. Bloggers, contudo, raramente recebem salários. Quando muito são chamados de ”jornalistas amadores.” A maioria, como Ed Morrissey, trabalham à noite, nos fins-de-semana, ou durante intervalos no seu trabalho diário, do qual dependem para pagar as suas contas.

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