Links de Acesso

Um refém do estado


O advogado do antigo primeiro ministro senegales, Idrissa Seck, revelou ter sido finalmente permitido a reunir com o seu cliente, quase uma semana após a sua detenção. Todavia o advogado referiu que não lhe foi possibilitado acesso à informação sobre a acusação que pende contra Seck.

O advogado considera que o antigo primeiro ministro é um refém do estado pois nada justifica que continue detido.

Seck foi detido na passada sexta feira pelas autoridades senegalesas sob suspeita de se ter apropriado de mais de 45 milhões de dólares de um projecto de construção na cidade onde e o presidente da câmara.

No passado sábado, e no único documento oficial emitido pelos investigadores, o principal acusador indicava ter recebido informação que relacionava Seck, com o que denominou, de ameaças à segurança do Estado.

O advogado insiste em que o seu cliente não cometeu nada errado, e considera ter chegado a altura das autoridades enfrentarem as suas responsabilidades para por termo, ao que denomina, de farsa.

Ao abrigo da acusação inicial de apropriação de fundos, Seck já deveria ter sido acusado formalmente ou libertado.

Um especialista de direitos humanos refere que ao abrigo de legislação especial relativa à segurança de estado, o antigo primeiro ministro pode estar detido ate segunda feira antes que seja tomada uma decisão.

'Podem deter durante quarto dias, e o acusador pode decidir renovar a detenção por mais quarto dias. Ao fim de oito dias, ou liberta o indivíduo ou formula a acusação. Isto e que está previsto na Lei Senegalesa.'

Antigo aliado político do presidente senegales, Wade, Seck foi demitido, o ano passado do cargo de primeiro ministro. Desde então não esteve nas atenções do publico ate que a semana passada indicou tencionar liderar um novo grupo político, no caso do partido de Wade não o designasse como líder partidário.

A secretaria de Estado norte americana esteve em Dakar no inicio da semana para conversações sobre acordo comercial com as nações africanas comentou a detenção de Seck

'O que sabemos esta a decorrer uma investigação. Tem sido debatido abertamente na imprensa. Obviamente somos a favor do primado da lei e por um sistema aberto./

O Senegal integra o grupo das nações do AGOA, grupo que recebe privilégios comerciais especiais por parte dos Estados Unidos, por troca com boa governação.

A detenção de Seck, referem dirigentes cívicos, mancha a reputação do pais de ser um ponto de valores democráticos numa região assolada pela repressão e a instabilidade política.

XS
SM
MD
LG