O departamento da defesa norte-americano diz ter ajudado os militares de 29 países da África sub-saariana a desenvolver programas de prevenção contra o HIV/SIDA.
Rick Shaffer, do Centro Naval de Investigação de Saúde em São Diego, é o director executivo do Programa de Prevenção do HIV/SIDA, do Departamento da defesa, vulgo Pentágono. Ele diz que dentro dos aparelhos militar africanos, os melhores resultados obtidos surgem de mensagens que são culturalmente relevantes e se aplicam às sociedades em causa.
"Nos aparelhos militares há com frequência questões culturais que os militares africanos sentem ser apropriado mas que não estão, nem sequer, incluídos em muitos dos programas civis nos seus países. Chegamos à conclusão que tínhamos que descobrir essas questões chave culturais e militares, que irão chamar a atenção dos membros das forças armadas, e os faça pensar que alguém pensou nisso e juntou os materiais destinados especificamente a eles.
Desde que o programa começou há quatro anos, ajudou a treinar mais de dois milhões de militares africanos. O Pentágono diz que também treinou mais de 600 clínicos em cuidados, diagnóstico e aconselhamento de HIV, e construiu 200 centros de aconselhamento e teste.
O programa permitiu também aos exércitos africanos avaliar as taxas de infecção de HIV. O Doutor Shaffer diz que há cinco anos, poucos militares em África tinham informação, e na sua maior parte usavam estimativas dos serviços secretos, com frequência baseados em pequenas amostras ou no pressuposto de que os militares tinham uma taxa de infecção mais elevada.
"Desde essa altura fomos capazes de ajudar entre 12 a 15 forças armadas a estabelecer as taxas oficiais de incidência -- seja à força, por observação ou por amostras cientificamente apropriadas. Existe agora serviço militar por toda a África austral, ocidental e oriental com capacidade de conhecer quais são as taxas de infecção do HIV.
O departamento de estado diz que detectou um declínio da taxa de infecção do HIV entre os militares do Senegal -- e que se começa a ver algumas mudanças na taxa entre os militares da Etiópia.
O programa -- lançado há mais de quatro anos -- tem como ponto central o trabalho com soldados, tipicamente entre os 18 e os 25 anos de idade, que têm dinheiro e possibilidade de viajar.
Mas a iniciativa serve não só para ajudar os militares, como as comunidades civis. Em muitos casos, o programa de saúde para os militares serve também a população local.