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INTERPOL Reunida com Parceiros Africanos


No rescaldo dos atentados terroristas de Londres, a conferência regional de África, da policia internacional, a Interpol, a decorrer na capital do Ghana, Accra, concentrou-se na necessidade de partilha de informação no combate ao terrorismo.

Cento e oitenta e dois membros da Interpol encontram-se reunidos na capital do Ghana, Accra para uma conferência de três dias, que visa o incremento da cooperação no combate do crime. Trinta e um países africanos membros daquele corpo da policia internacional, encontram-se ligados no combate ao crime internacional.

Um jornalista ganês a acompanhar a conferência, Kobbie Abotchie, explicou a Voz da América, a demonstração feita das novas tecnologias que ligam os países africanos membros daquela polícia internacional, ao combate ao crime internacional.

Registos criminais, nomeadamente impressões digitais, passaportes roubados e dados do Dna podem ser de forma instantânea e simultânea compartilhado entre os Estados membros daquela organização.

“Esse novo equipamento acaba de ser introduzido. Com um simples premir de um botão, pode-se ver fotografias dos terroristas procurados a nível internacional. E isso foi tema de um debateaprofundado. Não é apenas pertinente para a Europa ou para a América, mas tem sido aventada a possibilidade de alguns desses terroristas procurarem refúgio em África.”

O secretário geral da Interpol, Ronald Noble, disse que há dois anos atrás, apenas três países africanos estavam ligados ao sistema de satélite daquele corpo de policia internacional, rede essa conhecida pela designação I 24/7. Hoje, trinta e um países africanos aderiram já à rede.

Para além de se debruçarem sobre o terrorismo, os delegados dos 41 países africanos presentes a conferência de Accra, levantaram igualmente a questão do tráfico de mulheres e crianças, destinadas à prostituição e ao trabalho infantil.

Um analista do grupo de diálogo africano para a segurança, Emanuel Sowatey reconheceu ser importante destinguir as crianças vítimas do tráfico humano e aquelas que são enviadas pelos pais que não reúnem condições para as manter, para famílias adoptivas no exterior.

“Temos que ir à génese do problema, ou seja a crise económica. E temos de ir para onde as crianças são enviadas e de onde partiram. Se fizermos isso, seriamos capazes de definir entre aqueles que foram traficadas e aquelas que foram enviadas para adopção.”

Sowatey vai mais além e relembra que muitos países adoptaram medidas de prevenção do tráfico humano, mas defende que o problema poderia ser de forma mais eficiente combatido em toda a região.

As medidas de combate ao crime internacional figuram igualmente na agenda da conferencia.

Sabe-se que medicamentos falsificados, sem um aparente efeito clínico para o combate da malária, da tuberculose e da SIDA têm estado a ser comercializados em todo o continente. Um outro problema a que o continente africano faz face é o tráfico de drogas e o crime ambiental, nomeadamente a pesca ilegal, assuntos igualmente constantes da agenda dos trabalhos da conferência de África, da polícia internacional para o combate ao crime, conhecida pela sigla Interpol.

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