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Nova ronda de vacinação anti-pólio


A Indonésia está empenhada em uma nova ronda de vacinação anti-pólio, depois do surgimento de mais quatro novos casos da doença, que elevaram o número de infecções para 50. As autoridades de saúde pública caracterizaram a velocidade do primeiro surto de pólio no país em uma década como “bastante alta”.

No final de Maio, realizou-se uma maciça campanha de vacinação que abrangeu mais de 6 milhões de crianças. O aparecimento de 50 novos casos da pólio, localizados na ilha de Java, obrigou o Governo a preparar novas campanhas, uma no final deste mês, outra, para Agosto.

ANA- A pólio, que havia sido eliminada da Indonésia há nove anos, está agora de volta e, ao que tudo indica, chegou através da Arábia Saudita, levada por trabalhadores migrantes, ou por peregrinos que retornaram da cidade santa de Mecca. O Ministro da Saúde, Siti Supari, declarou que a vacinação anti-pólio é da maior importância para os interesses nacionais. Por sua vez, o representante da UNICEF, David Hipgrave, manifestou otimismo de que o novo surto poderá ser contido, mas advertiu que será preciso agir com muita rapidez e eficiência.

RENATO- O governo do Iémen considerou que a recente campanha de vacinação anti-pólio, motivada pelo surgimento de pelo menos 220 casos confirmados da doença no país , foi um sucesso, tendo alcançado pelo menos 85 por cento das 5 milhões de crianças que constituiram o alvo desejado. Houve noticias de que, em certas provincias, médicos locais e líderes religiosos se opuseram à vacinação, mas aparentemente o problema não chegou a ter a mesma gravidade daquele registado na Nigéria, no ano passado. As autoridades disseram que as recusas foram em pequeno número, e , no geral, os lideres religiosos têm colaborado para o êxito da vacinação.

ANA – A Somália é outro país que organizou para em fim de junho uma campanha anti-pólio de emergência. O dr. David Heyman, responsável na Organização Mundial de Saúde pela questão da pólio, declarou que “os surtos de pólio na Etiópia e no Iémen, além dos amplos movimentos da população entre a Somália e os paises vizinhos, colocaram as crianças somalianas em risco de contrairem a pólio”.

Além da Etiópia e do Iémen, o Sudão também se mostrou de novo vulnerável, como se vê pelo fato de que 152 crianças sudanesas ficaram paralíticas de um ano para cá, depois de terem sido infectadas pelo virus da pólio.

O representante da UNICEF na Somália, Jesper Morch, alertou que diante do risco de reinfecção na Somália e outros países que já tinham se livrado da polio, é imperativo que seja preenchida a lacuna de cinquenta milhões de dólares no orçamento da coaligação internacional que organiza o combate contra a pólio no mundo.

RENATO- Quando se fala no Iraque, a primeira coisa que vem à mente é a violência terrorista. Mas aquele país tem tambem os seus problemas de saúde pública, entre os quais, a pólio. Ahmed Abdul Kalak, alto funcionário do Ministério da Saúde, explicou que “o último surto de pólio no Iraque ocorreu em 1999, mas agora, diante do que está a acontecer nos paises vizinhos, decidimos vacinar as criancas para impedir o reaparecimento da doença”. Foi, portanto, organizada uma campanha de vacinação para abranger quase 5 milhões de crianças de menos de 5 anos de idade. Depois da primeira fase, está prevista uma nova ronda, para começar no dia 24 de julho.

ANA – Angola ainda tem uma das taxas mais altas de mortalidade infantil no mundo, alertou o representante da UNICEF no país africano, Mario Ferrari. Ele comentou que os 27 anos de guerra civil desmantelaram o sistema de saúde pública e enfraqueceram radicalmente os serviços sociais. Em consequência, Angola tem uma taxa de mortalidade infantil de 250 por 1000, que é uma das mais altas no mundo. Além dos problemas de saúde, existem outros, e Ferrari citou o fato de que muitas crianças angolanas deixaram de ir à escola . Em 2003, o governo lançou uma grande iniciativa para levar de volta as crianças à escola, e desde então a UNICEF tem dado o seu apoio a esse esforço.

RENATO- Por outro lado, Ferrari mencionou alguns pontos positivos na situação das crianças em Angola. A campanha contra o sarampo em 2003 teve um impacto favorável, e hoje o sarampo não constitui mais um fator imporante na mortalidade infantil em Angola. Neste ano de 2005, os sistemas de saude deram mostras de terem voltado a funcionar mais normalmente, e o representante da UNICEF citou a distribuição de vitamina A para as crianças, a vacinacão das mulheres grávidas contra o tétano, e a eliminação dos vermes e parasitos intestinais nas crianças.

ANA – Embora a incidência da SIDA em Angola nem de longe se pareça com as proporções alarmantes de paises vizinhos no Sul da Africa, as autoridades e a UNICEF decidiram tomar precauções desde logo, antes que os números se tornem horrendos. Uma das precauções cruciais é de ordem educativa. Ferrari declarou, na conclusão de suas declarações à imprensa, que o governo angolano está consciente de que tem de agir em várias frentes simultâneamente, e nós, da UNICEF, estamos tentando ajudá-lo”.

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