Os dois indivíduos indicaram pretender santuário na Austrália devido ao que descrevem com sendo o abuso praticado pela China contra os opositores políticos.
Um dos indivíduos, um diplomata, alega que a China mantêm cerca de um milhar de agentes secretos na Austrália.
O diplomata era o primeiro secretário do consulado chinês em Sydney, que desertou há cerca de duas semanas atras e tem estado desde então escondido com a esposa e filha, aguardando o resultado do pedido de asilo.
O outro indivíduo que pediu a protecção da Austrália, referiu ter sido um agente dos serviços de segurança interna da China, tendo chegado à Austrália com um visto de turista em Fevereiro, aguardando a decisão de Canberra.
Ambos sustentam que a China possui um verdadeiro exercito de agentes de espionagem na Austrália.
Em Canberra, o procurador geral Philip Ruddock indicou que as autoridades estão a investigar as alegações.
"A dificuldade reside para mim em não poder falar de actividades em curso que envolvam as nossas agencias de segurança . Habitualmente não falamos destes casos ..."
A concessão de asilo político na Austrália e extremamente raro, mas os dois casos podem ser elegíveis a vistos de refugiados. Um responsável australiano precisou que os indivíduos não correm o risco de serem imediatamente devolvidos a China.
Activistas e alguns elementos da oposição tem indicado recear que os casos de asilo podem ser influenciados pelas iniciativas australianas em negociar um acordo de comercio livre com a China.
A China e o terceiro parceiro comercial da Austrália, com um volume anual de quase 23 mil milhões de dólares.
O primeiro ministro australiano, John Howard desmentiu que o acordo venha a ter qualquer influencia na decisão.
Pequim desmente as alegações dos dois chineses que descreve como completa calunia.