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Militantes indonésios escondidos em Mindanao


Fontes dos serviços de segurança das Filipinas revelaram que dois destacados militantes indonésios se encontram escondidos na ilha de Mindanao, na região sul do país, nas proximidades dos redutos da Frente de Libertação Islâmica Moro, conhecida pela sigla MILF.

Os indivíduos em causa são Umar Patek e Dulmatin, procurados por alegado envolvimento nos atentados bombistas de Bali de 2002, que custaram a vida a mais de 200 pessoas.

São igualmente alegados membros da rede terrorista do Sudeste Asiático, a Jemaah Islamiyah, sendo Dulmatin, conhecido por utilizar vários pseudónimos, suspeito de ser um especialista na construção de bombas.

A Frente de Libertação Islâmica Moro, que tem lutado – há várias décadas - no sentido de um território islâmico independente no sul das Filipinas, encontra-se envolvida, desde 2001, em conversações de paz com o governo. A cooperação com o governo contra os dois indonésios é vista como um gesto no sentido do processo de paz.

O porta voz rebelde, Eid Kabalu, revelou que a organização está a trabalhar com o governo, no sentido de localizar os indivíduos.

Kabalu precisando que os comandantes rebeldes indicaram que os indonésios cooperam com um outro grupo local extremista muçulmano, o Abu Sayyaf, deslocando-se de campo para campo para evitarem ser capturados.

O adjunto do conselheiro de Segurança Nacional das Filipinas sublinhou que a presença dos militantes no país sugere que a Jemaah Islamiyah poderá ter transferido a base desde a Indonésia para as áreas predominantemente muçulmanas de Mindanao.

Responsáveis dos serviços de segurança tem acusado os comandantes da Frente Moro de treinar militantes estrangeiros.

O mês passado, o secretário de Estado adjunto dos Estados Unidos, Robert Zoellick, alertou para o facto da situação de segurança em Mindanao permanecer perigosa, devido a aparente ligação entre grupos militantes locais e terroristas internacionais. Washington tem contribuído para o financiamento de iniciativas antiterroristas desde o inicio, em 2001, da guerra contra o terrorismo.

Entretanto, um tribunal indonésio condenava a mulher de um outro destacado suspeito terrorista a três anos de cadeia por não revelar informação sobre o indivíduo. O malaio, Mohamed Top, pensa-se ter sido o cérebro de uma série de atentados bombistas na Indonésia, incluindo os atentados de Bali e o ataque contra o hotel Marriott em Jacarta em 2003.

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