O novo Presidente americano, James Madison, e o Congresso, reconhecendo o fracasso dos seus esforços na luta contra a Inglaterra, aboliram a Acta do Embargo de 1807,virando a atenção para a questão dos Territórios do Oeste onde acusavam os ingleses de apoiar os índios na luta contra a ocupação das suas terras pelos colonos dos treze estados da costa que se expandiam para os vales dos rios do Oeste, Mississipi, Ohio e outros, causa imediata do próximo conflito entre as duas nações.
Dizíamos na conversa passada que seria apenas questão de tempo muito pouco tempo que a Inglaterra e a nação que até aí a Inglaterra tratava apenas de ex-colónia os Estados Unidos da América que os ingleses não tinham aprendido a respeitar como nação independente colidissem no alto mar e em terra numa guerra em que eventualmente a América viria a afirmar-se nação independente impondo-se ao respeito de todos não apenas Ingleses mas do resto da Europa e dos Franceses também .Por isso é que esta guerra se vai chamar a Segunda Guerra da Independência Americana tal como a história nos fica a dizer .As causas deste conflito dissemos que foi ,em primeiro lugar ,o comportamento da Inglaterra no alto mar durante as guerras com a França de Napoleão//não apenas pelo desrespeito das leis da neutralidade de que a marinha americana de guerra e mercantil sofria no alto mar muito nomeadamente o famoso ”impressment” a captura de cidadãos americanos suspeitos de desertores da guerra inglesa .A reacção de Jefferson o presidente não foi primeiro o recurso às armas mas à instrumentalidade da diplomacia e da lei. .Desde logo, a diplomacia falhou,o Congresso e o Presidente aprovaram os Empargos de 1806 e 1807 nas vesperas de James Madison assumir a presidência da América ,em 1808 . Foi quando, na verdade, a perspectiva da guerra com a Inglaterra se tornou uma realidade a encarar. A sua catálise. .A questão das terras do oeste:
Os Embargos não feriram o comercio inglês tal como Jefferson e Madison contavam .Apenas irritaram ainda mais os estados do norte habituados ao trato comercial com a Inglaterra, agora forçados, também eles, ao contrabando marítimo e a corta-mar com os ingleses já sua colónia do Canadá, atravês dos territórios índio /em disputa desde sempre entre ingleses, americanos e os próprios índios então donos da terra, contrabando este em que a França também participava com muito gosto, enquanto os britânicos, por outro lado, abriam novos mercados noutra América, ao sul desta, a America Latina. Ler as páginas, por exemplo, da história do Brasil, depois de 1808, a primeira década da fuga da corte real portuguesa para esta sua colónia transatlântica, páginas palpitantes da astúcia comercial britânica nesta margem do Atlântico, onde colónias e ex-colónias se empenhavam em lutas pela independência de uma Europa imperialista de sempre que recusava ainda em tomá-las a serio. .James Madison e o Congresso repeliram em 1809 a Acta do Embargo de 1807, declarando a sua ineficiência na solução do diferendo com a Inglaterra .Foi o auge da crise quando a questão dos Territórios dos Grandes Lagos e das terras Trans-Mississipi assumia também a intensidade de um ”casus belli”, causa de guerra que nunca mais deixou de ser. Ocupavam aquelas terras os índios da chamada Confederação do Noroeste, outro nome para os Grandes Lagos Americanos, os Índios Shawnees, Delawares, Miamis, Potawatomis e outros, ao sul dos quais se encontravam outras comunidades Índias das chamadas ”Cinco Tribos Civilizadas - os Índios Chorokees, Chickasaws, Choctaws, Creeks e Seminoles, estes que chegavam a ocupar a Florida//no extremo sudoeste tribos Índias estas todas de muita história na America de que muito iremos ouvir ainda todas elas num ciclo intermitente de guerras de resistência contra a ocupação das suas terras pelos colonos expansionistas dos estados da costa, guerras estas em que a América de Jefferson , de James Madison e doutros presidentes americanos desde Washington,dizia que os índios eram apoiados pelos ingleses do Canadá questão de longa data, desde a independência,em 1781..