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A nova fase de negociações entre o governo indonésio e separatistas rebeldes


A nova fase de negociações entre o governo indonésio e separatistas rebeldes que teve inicio em Helsínquia destina-se a por fim a perto de 30 anos de conflito na província de Aceh.

Disposições sobre segurança deverão estar no topo da agenda, pouco mais de uma semana depois de Jacarta ter levantado o estado de emergência que vigorou um ano na província rica em gás e petróleo localizada no extremo norte da ilha de Sumatra.

Esta é a quarta ronda de conversações desde o terramoto e tsunami de 26 de Dezembro que devastou Aceh, matando mais de 230 mil pessoas e destruindo a maior parta das suas infra-estruturas.

Na esteira do desastre, os rebeldes do Movimento para um Aceh Livre deram inicio a um cessar-fogo para ajudar os esforços de auxilio, mas continuou a registar-se luta esporádica na província.

Damien Kingsbury, um conselheiro político do Movimento para um Aceh Livre em Helsínquia, afirmou que a violência na província era esperada assim como a oposição às conversações de deputados indonésios.

“Podemos ver isso como uma tentativa para desestabilizar um pouco a situação para abalar as posições, obviamente ha pessoas em Jacarta que se opõem a este processo, incluindo militares indonésios.”

Mas Kingsbury disse que o Movimento para um Aceh Livre aposta muito na nova ronda de conversações.

“Na mesa existem assuntos substantivos, tais como a possibilidade de termos partidos políticos em Aceh, que ainda não foram aceites e isso e realmente fundamental para qualquer acordo. Mas estamos a caminhar na direcção certa, existe na realidade muita boa vontade.”

A questão da segurança continua a ser um assunto espinhoso. Jacarta afirma que não retira as suas forcas de segurança da província, um assunto que o Movimento para um Aceh Livre insiste que esteja na mesa nesta ronda de conversações.

Mais de 12 mil pessoas, a maioria delas civis, morreram no conflito.

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