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O presidente Abbas partiu para conversações em Washington


O presidente Abbas partiu para conversações em Washington deixando para trás grupos militantes que tem repetidamente desafiado as suas ordens para suspenderem os ataques contra Israel - um cada vez mais confiante Hamas que se tem portado bem em eleições locais e está a flectir os seus músculos e a incerteza sobre se as eleições legislativas se vão realizar no dia 17 de Julho.

Entretanto, Israel ameaçou aumentar as suas acções militares contra militantes palestinianos se os seus ataques não pararem. Funcionários israelitas têm acusado continuamente Abbas de não fazer o suficiente para acabar com o que chamam de “organizações terroristas”.

As expectivas são baixas, mas a reunião do líder palestiniano com o presidente Bush é vista como crucial. Existe uma ideia generalizada de que Abbas precisa mostrar ao seu povo que pode obter mais apoio de Washington para melhorar a situação presente e seguir em frente em direcção a um estado palestiniano independente num futuro próximo.

O negociador chefe palestiniano Saeb Erekat disse a Voz da America que isso não significa simplesmente esperar pela planeada retirada de Israel da Faixa de Gaza em Agosto, mas também pressionar Israel agora para parar a construção de colonatos e da sua controversa barreira de segurança à volta da margem ocidental.

“O presidente Abbas quer a ajuda do presidente Bush por forma a manter e suster a solução de dois estados fazendo com os israelitas parem os colonatos e o muro. Abu Mazen quer também ver o desengajamento de Gaza como parte do roteiro para a paz e não uma alternativa ao projecto.”

Erekat afirmou que essa é a única forma de transmitir a visão do presidente Bush de uma solução de dois estados em realidade.

Funcionários da administração Bush disseram não haver duvidas sobre o empenhamento do presidente no roteiro para a paz apoiado internacionalmente.

Mas a secretária de Estado Condollezza Rice afirmou que o presidente Bush irá lembrar a Abbas sobre o empenhamento palestiniano de desmantelar as redes terroristas.

Apesar da violência esporádica, Saeb Erekat afirmou que o presidente Abbas fez grandes coisas das quais não tem obtido grande crédito.

“Ele parou a intifada, ele unificou as forças de segurança, prosseguiu com a democracia, continuou com as reformas. Por isso dêem-lhe credito.”

O analista política palestiniano, Mahdi Abdelhadi, da organização de investigação PASIA em Jerusalém, disse que o presidente Abbas terá de voltar de Washington com algo para mostrar aos seus constituintes.

“Abu Mazen terá de voltar para implementar as eleições em 17 de Julho e não pode fazer isso sem as garantias de Washington de que esteja no caminho certo para a solução de dois estados e o Roteiro para a Paz deve ser implementado já. Se não conseguir isso terá de resignar.”

O presidente Abbas não fala em resignar, mas Adelhadi disse que isso não poderá estar fora de questão. Se isso acontecer levará ao aparecimento de mais elementos islâmicos militantes, que irão beneficiar do falhanço dos palestinianos moderados seculares.

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