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O terceiro aniversário da independência é um marco histórico para Timor Leste


O terceiro aniversário da independência é um marco histórico para Timor Leste. Este é o último dia em que as forças das Nações Unidas asseguram, formalmente, a segurança do mais jovem país do mundo.

A missão da ONU, que chegou a contar com 11 mil pessoas, será agora reduzida a 130 administradores, conselheiros militares e policiais.

A situação parece também melhor noutras frentes. Timor Leste continua a ser um país desesperadamente pobre, mas vai assinar um acordo, há muito esperado, com a Austrália, que deverá conduzir ao desenvolvimento de substanciais reservas de petróleo e depósitos de gás, que poderão dar ao país mais de 5 biliões de dólares, ao longo dos próximos anos.

O governo está entusiasmado com o futuro. José Ramos Horta é o ministro dos Negócios Estrangeiros leste timorense, detentor do Prémio Nobel da Paz.

“Estou muito optimista: optimista porque a nossa economia está a arrancar. Estaremos muito melhor num ou dois anos ... Da mesma forma, as nossas relações com a Indonésia melhoram cada vez mais sob a liderança do presidente Susilo Bambang . Com investimentos da Indonésia, Tailândia, China penso estarmos no caminho certo.”

Mas há assuntos ainda por resolver. Apesar do relacionamento entre os governos de Timor Leste e Indonésia serem cordiais, para muitos leste timorenses é difícil perdoar a violência registada aquando da votação pela independência da Indonésia. Estima-se que cerca de mil e 500 pessoas foram mortas pelas tropas da Indonésia e milícias aliadas antes da retirada dos indonésios.

As Nações Unidas nomearam uma ”comissão de peritos” para averiguar as críticas de que Jacarta pouco fez para levar perante a justiça os responsáveis pela violência. A Indonésia recusou extraditar suspeitos para Timor, e apenas julgou 18 pessoas nos seus próprios tribunais. Dezassete desses já foram ilibados e o décimo oitavo encontra-se em liberdade enquanto decorre o apelo da sua sentença.

A comissão independente foi recebida friamente em Dili e Jacarta, que criaram a sua própria Comissão da Verdade e Amizade a qual esperam resolverá a situação ”pacifica e objectivamente.”

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