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Centenas de Somalis esfuziantes saudaram o primeiro ministro, Ali Mohamed GEDI


Centenas de Somalis esfuziantes, muitos deles empunhando armas, saudaram o primeiro ministro, Ali Mohamed GEDI, num comício realizado no inicio da semana, em Mogadiscio, na Villa Somália, a antiga residência presidencial crivada de balas e objecto de atentados bombistas.

Representantes da União Africana, da Autoridade Inter Governamental para o Desenvolvimento que serviram de medianeiros no recentemente concluído processo de paz, e ainda as Nações Unidas, acompanharam o primeiro ministro Gedi no comício e outros actos durante a visita.

Babafemi Badejo, o responsável pelo gabinete político na ONU na Somália, referiu que a parte inicial da digressão indica que os somalis estão ansiosos pelo regresso do governo que tem estado sediado no Quénia.

“Posso afirmar com clareza que estou bem impressionado, primeiro, pela manifestação publica de apoio ao primeiro ministro. Não me encontrava aqui quando ele chegou, mas toda a gente fala do numero de pessoas que se encontravam nas ruas para o acolher. Demonstra um desejo claro da parte da população no sentido do regresso do governo.”

Todavia, ainda se desconhece quando o governo poderá voltar à Somália, deixando a sua base na capital queniana, Nairobi, e em particular na sequência de uma explosão ocorrida num comício realizado após a deslocação inicial à Villa Somalia.

A explosão do dia 3 de Maio, que alguns referem ter sido um acidente, enquanto outros consideram ter sido uma tentativa de assassinato contra Gedi, matou e feriu varias dezenas de pessoas.

Desde 1991, milicianos leais a grupos e subgrupos tem controlado diferentes partes do país. Dirigentes faccionais, anciãos, representantes da sociedade civil e outros, juntaram-se no Quénia durante dois anos para encontrar forma de por termo a anarquia.

O novo governo somali, de 275 elementos, foi constituído no Quénia, no final do ano transacto, e era suposto ter regressado a Somália durante o mês de Abril.

Mais de 70 membros do parlamento, incluindo ministros, encontram-se já em Mogadiscio, enquanto os outros – incluindo o primeiro ministro e o presidente Abdullahi Yusuf – permanecem em Nairobi por razoes de segurança.

Nos últimos meses, os parlamentares efectuaram acessos debates sobre a transferencia da capital para localidades mais estáveis, bem como a presença de tropas de países africanos vizinhos para estabilizar Mogadiscio e outros locais.

A meio do mês de Marco, o parlamento aprovou um plano de segurança de 29 pontos para a desmobilização de cerca de 53 mil milicianos, quinze mil dos quais se encontram em Mogadiscio. O grupo seguiu posteriormente para a capital para fazer aplicar o plano.

O primeiro ministro e presidente desejam que os membros do governo regressem a Nairobi para participar num encontro decisivo para assentar em quando e onde voltar à Somália.

Mas alguns membros do parlamento não desejam regressar, como o caso do ministro do Comercio, que considera ter se deslocado a Mogadiscio para trabalhar para a população e o país. Segundo ele, não faz sentido regressar ao Quénia como refugiados.

Ali Basha, parlamentar pelo circulo de Kismayo, argumenta já estarem concluídos nove dos princípios definidos no plano de segurança, que entre outras coisas se destina a integrar os milicianos num ainda por constituir exercito nacional.

“Juntamos, durante três dias, os milicianos de varias origens para os informar sobre a desmobilização. Alguns deles tinham sido inimigos, que nem se podiam ver uns aos outros. Tem estado juntos debatendo como fazer funcionar o plano; como podem destruir as barricadas. Explicámos que existe uma vida melhor do que aquela nas barricadas ...”

Ali acrescentou que ele, bem como vários colegas não desejam regressar a Nairobi.

Responsáveis manifestam preocupação sobre a possibilidade dos membros do governo que se encontram em Mogadiscio parecerem estar a conduzir o plano de segurança por si próprios, sem envolvimento do resto do Executivo.

Badejo, das Nações Unidas, considera que esta aparente divisão deve ser solucionada, algo que o porta voz presidencial, Yusuf Baribari desmente ...

“O primeiro ministro encontra-se em Mogadiscio, para falar com a população e dirigir um apelo directo aos membros do parlamento e do gabinete no sentido de regressarem a Nairobi para uma reunião final do Governo.”

Baribari acrescenta que aqueles que não regressem a Nairobi, estão a excluir-se do Executivo, e o governo não pode fazer nada por isso.

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