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PGR angolana rejeita acusações de que não investiga membros do Governo


A Procuradoria Geral da República (PGR) de Angola negou acusações de que não toma qualquer medida contra funcionários do atual Governo de João Lourenço acusados de corrupção.

PGR angolana diz que não se pode acusar sem provas concretas - 3:08
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O porta-voz Álvaro João disse que muitas das acusações são feitas sem qualquer “substância” ou provas.

O jurista Albano Pedro, um dos principais críticos da atuação da PGR no combate à corrupção, diz a Procuradoria não investiga as denúncias contra gestores públicos do Executivo porque o Ministério Público prefere aguardar que alguém formalize uma queixa, caso contrário não investiga.

“A PGR pode despoletar a investigação” , afirma Pedro para quem a PGR é obrigada a investigar qualquer denúncia pública sobre crimes públicos.

Para ele, “o apelo aqui é de uma postura de isenção em relação aos fatos que são denunciados”.

O também jurista Manuel Cangundo é de opinião que a PGR é tímida no combate à corrupção.

Por seu lado, o analista politico Agostinho Sicato diz que que esta alegada relutâncua em levar a cabo investigações é a forma como o Executivo tem de salvaguardar a sua imagem.

“Talvez deve ser pelo fato de o Executivo procurar preservar a sua imagem para evitar desgaste da mesma, e isso faz com que os atuais membros ainda se enveredam por práticas indecorosas”, afirma.

Em resposta, o porta-voz da PGR, Álvaro João, diz que a maior dificuldade para investigação destas denúncias está na obtenção de provas.

“Há processos que começaram a ser investigados em 2027 .... porque no processo de corrupção a obtenção de provas não é fácil porque estes crimes são cometidos com muita inteligência”, explica João, lembrando que “muitas denúncias não são investigadas por falar de substância e a Procuradoria não pode sair todos os dias a dar esclarecimentos sobre o que está a investigar”.

Ele conclui que a PGR tem que obedecer “alguns princípios porque o investigado goza de presunção de inocência”

Recorde-se que a PGR disse recentemente que se verifica uma diminuição de casos de corrupção e desvios do erário público em Angola.

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