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Biden pede ao Congresso 500 milhões de dólares para o Fundo Amazónia


Presidente dos EUA, Joe Biden, e Presidente do Brasil, Luis Inácio Lula da Silva, na Casa Branca, Washington, 10 Fevereiro 2023
Presidente dos EUA, Joe Biden, e Presidente do Brasil, Luis Inácio Lula da Silva, na Casa Branca, Washington, 10 Fevereiro 2023

O Presidente americano anunciou nesta quinta-feira, 20, a proposta de uma contribuição de 500 milhões de dólares para o Fundo Amazónia do Brasil, que visa preservar a maior floresta do mundo.

Este investimento integra a política de Joe Biden para ajudar os países em desenvolvimento a combater as mudanças climáticas.

Ele também pediu aos países da OCDE que eliminem o carvão até 2030 e 2040 em todos os outros países e encerrem todo o licenciamento ou financiamento – público e privado – de novos projetos de combustíveis fósseis.
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Numa reunião virtual do Fórum das Principais Economias sobre Energia e Clima, Biden instou seus colegas a serem ambiciosos ao estabelecer metas para reduzir as emissões e cumprir a meta de limitar o aquecimento global geral a 1,5 grau celsius.

"Estamos num momento de grande perigo, mas também de grandes possibilidades, possibilidades sérias. Com o compromisso certo e acompanhamento de todas as nações... nesta chamada, a meta de limitar o aquecimento a 1,5 grau pode ficar ao nosso alcance", disse disse Biden.

Os países que participam do fórum respondem por cerca de 80% das emissões mundiais de gases de efeito estufa e do Produto Interno Bruto global, segundo a Casa Branca.

A reunião foi a quarta do grupo sob a Presidência de Biden, quem anunciou uma contribuição dos EUA de mil milhões de dólares para o Green Climate Fund (Fundo Global Verde) que financia projetos de energia limpa e resiliência às mudanças climáticas em países em desenvolvimento, duplicando a contribuição geral dos EUA.

"Os impactos da mudança climática serão mais sentidos por aqueles que menos contribuíram para o problema, incluindo as nações em desenvolvimento", disse Biden, acrescentando que “como grandes economias e grandes emissores, devemos intensificar e apoiar essas economias”.

Um alto funcionário do Governo disse que os assessores do Governo tem que trabalhar com o Congresso para garantir esse financiamento.

“Juntos, temos que deixar claro que as florestas são mais valiosas conservadas do que derrubadas”, concluiu Biden.

Brasil acolhe a promessa

Em resposta, numa conferência de imprensa, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou ser “obviamente uma grande conquista, tanto pelo que significa ter os Estados Unidos contribuindo para um fundo como o Fundo Amazônia quanto pelo volume de recursos a serem aportados”.

O anúncio de Joe Biden ocorre durante uma semana de tensão entre os EUA e o Brasil, depois de o Presidente Lula da Silva ter pedido que as potências ocidentais parassem de fornecer armas à Ucrânia e disse que Washington estava a encorajar a luta entre a Ucrânia e a Rússia.

Depois de fortes reacções dos Estados Unidos, Lula da Silva atenuou seus comentários e condenou a violação da integridade territorial da Ucrânia pela Rússia.

Biden, que fez do combate às mudanças climáticas uma de suas principais prioridades políticas, estabeleceu uma meta de reduzir as emissões dos EUA de 50% a 52% até 2030 em comparação com os níveis de 2005.

Integram o Fórum das Grandes Economias incluem Argentina, Austrália, Canadá, Chile, China, Egito, Comissão Europeia, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, Coreia do Sul, México, Nigéria.

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