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Kwenda não chega, dizem organizações não governamentais


Programa visa apoiar populações mais pobres e em situação de vulnerabilidade.

Organizações não governamentais questionam os baixos valores monetários atribuídos às famílias assim como a abrangência do programa Kwenda, concebido pelo Governo de Angola para apoiar populações mais pobres e em situação de vulnerabilidade.

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Trata-se de um projecto avaliado em 420 milhões de dólares, financiado pelo Banco Mundial, com 320 milhões de dólares, e pelo Tesouro Nacional, com 100 milhões de dólares.

O director da organização não governamental SOS- Habitat, André Augusto, defende que o programa Kwenda peca por não acompanhar os constantes aumentos dos preços dos produtos que constituem a certa básica.

Aquele activista comunitário também diz haver um número das famílias pobres superior ao que foi eleito pelo programa.

“Quase 75 por cento da população angolana é pobre”, lembra.

Por sua vez, o activista social Bernardo Castro diz que os resultados sociais do programa “são assustadores” pela negativa.

O também responsável da Rede de Terra Angola e Ambiente afirma que “as pessoas não estão a ver melhorias na sua vida com o programa Kwenda”.

Em reacção a estas estas constatações, o director do Fundo de Apoio Social (FAS) e gestor do programa Kwenda, Belarmino Jelembi, reconhece que o número de pessoas eleitas para o projecto é muito inferior ao da população carente, mas assegura que existem muitos outros programas do Governo virados para o apoio comunitário e que concorrem para o mesmo fim.

“Os programas não estão isolados. Existem programas de combate à pobreza e outros ligadosà agricultura", lembra.

O programa, estabelecido para quatro anos, prevê apoiar em todo o país um milhão e 608 mil agregados familiares em situação de pobreza, com uma renda trimestral de 25.500 kwanzas, à razão de 8.500 kwanzas cada mês.

O ano de 2021 está a ser marcado pelo pagamento massivo das famílias abrangidas pelo programa através da componente das transferências sociais monetárias.

O Fundo de Apoio Social (FAS) é o organismo responsável pela execução do programa, depois da fase piloto, implementada em cinco municípios, que permitiu cadastrar cerca de 10.700 famílias, 5.774 das quais já receberam dois pagamentos, correspondentes a seis meses.

Face aos resultados obtidos com esta primeira experiência, segundo o director do FAS, deu-se início ao processo de expansão para mais 15 municípios, totalizando 20 nesta primeira fase.

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