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Benguela: Construção de restaurante na praia causa controvérsia


Obras continuam na praia.
Obras continuam na praia.

Obra foi embargada mas trabalhos continuam e há quem fale em "costas largas" do proprietário.

A construção de um restaurante numa conhecida praia de Benguela, em Angola, mesmo sobre a areia, está a causar controvérsia com interrogações sobre o facto de as obras continuarem apesar de ter sido embargada.

Há quem fale em "costas largas" do empresário.

restaurante controverso em Benguela 2:25
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A construção de um restaurante numa conhecida praia de Benguela, em Angola, mesmo sobre a areia, está a ser interpretada como atropelo ao Plano de Ordenamento da Orla Costeira.

A obra, propriedade do empresário Anselmo Mateus, chegou a ser embargada pela Administração Municipal, mas a verdade é que os trabalhos prosseguem.

As obras tiveram início há já algum tempo, mas só agora, com a execução física a dar nas vistas, surgem os primeiros pronunciamentos críticos.

O arquitecto Felisberto Amado olha para o restaurante, um financiamento da Arca Velha, produtora do músico Matias Damásio, como uma afronta ao ordenamento do território.

“É uma violação clara aos POOC’s (Planos de Ordenamento da Orla Costeira), assim como de outros planos, ligados ao ambiente e ao ordenamento do território. Pior do que isso é que estamos a perder o bom senso’’, refere Amado.

Plano de Ordenamento da Orla Costeira à parte, o professor do Instituto Politécnico da Universidade Católica fala em arrogância na governação, porque “o cidadão estará privado de usufruir de um bem de todos, por capricho”, por ser alguém “costas largas num país governado com muita arrogância’

Para aquele arquitecto, as autoridades ficam sem moral para arrumar a casa.

Numa visita ao Instituto Superior Politécnico de Benguela (ISPB), situado a um palmo do local - a praia do Pequeno Brasil - que Anselmo Mateus tenciona transformar em espaço de carácter público, o governador Isaac dos Anjos terá manifestado alguma preocupação, à semelhança da direcção.

A verdade é que os trabalhos prosseguem, mesmo depois do embargo das obras, ocorrido, conforme apurou a VOA, depois de uma visita do administrador de Benguela, Leopoldo Muhongo, e de alguns fiscais.

A VOA tentou contactar o empresário, por diversas vias, mas não teve sucesso.

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