Os números, os casos de cancro são cada vez mais e, por isso, já é considerado um problema de saúde pública. Em Moçambique, há cada vez mais pacientes com cancro.
Se, nas mulheres, a grande dor de cabeça é o cancro do colo do útero, nos homens, se até recentemente era o cancro da próstata, agora o problema maior chama-se sarcoma de kaposi, que também está a registar números altos por causa do HIV-SIDA.
Em média, por ano, Moçambique tem registado 3 mil casos de cancro. Cesaltina Lorenzoni, médica patologista e Chefe do Programa Nacional de Controlo do Cancro, diz que pode haver mais pessoas a necessitar dos serviços oncológicos. As autoridades têm muita dificuldade em fazer a notificação.
Outro grande desafio é a introdução de uma vacina, a do HPV do papiloma virus, que é uma tentativa de evitar que as raparigas desenvolvam o cancro do colo do útero.
Há ainda a questão dos recursos humanos. Moçambique, com cerca de 26 milhões de habitantes, conta apenas com 7 médicos oncólogos.
Moçambique prevê abrir pelo menos 3 centros para o tratamento de cancro, um em cada uma das 3 regiões do território.