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Economistas dizem que crise angolana não vai afugentar o investimento privado


Taxa sobre transacções em divisas não afugentará investidores.

O parlamento angolano debate na especialidade ontem e hoje a criação de uma taxa no envio de divisas do país para o estrangeiro, mas, apesar desse aumento do custo das transacções, economistas acreditam que a medida não vai afugentar os investidores do país.

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Angola não se arrisca a assistir à debandada do investimento estrangeiro mesmo com a criação de uma taxa para transacções em divisas que deve estar na casa dos dois dígitos, segundo o economista e professor universitário Fernando Heitor.

“Não, não podemos confundir porque uma coisa não tem nada haver com a outra”, disse Heitor, acrescentado que o ministro da Eonomia já esclareceu o assunto.

O também deputado disse ainda que já indagou o ministro da Economia sobre as modalidades das taxas.“Por causa da minha intervenção ele hoje veio e alterou o quadro, e o que vai acontecer é que vai encarecer os salários das empresas nacionais que empregam expatriados”, completou.

Opinião idêntica tem o economista José Matuta para quem não se pode alarmar com a decisão tomada pelo Executivo, que pode até criar algumas isenções.

“O Governo não vai tributar tudo, haverá limite de isenções. Não podemos permitir que as pessoas venham ao país façam dinheiro facilmente e queiram levar logo”, defendeu.

De recordar que a criação de uma taxa sobre a saída de divisas é uma das medidas que constam do Orçamento Geral do Estado rectificativo apresentado para equilibrar as contas públicas depois da queda do petróleo na segunda metade do ano passado e que obrigou o Governo de Luanda a rever as previsões macroeconómicas e a tomar medidas difíceis relativamente a poupanças na despesa pública.

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