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Ânimos a ferro e fogo nas imediações da Casa Branca


Manifestantes ajoelham-se em frente aos polícias junto à Casa Branca. 1 de junho 2020
Manifestantes ajoelham-se em frente aos polícias junto à Casa Branca. 1 de junho 2020

As autoridades usaram gás lacrimogéneo e polícias a cavalo para dispersar os manifestantes perto da Casa Branca, na rua LaFayette, perto da hora de recolher obrigatório, (19 horas de Washington, DC) e as autoridades americanas prometeram "maximizar a presença da polícia federal" na capital do país.

Polícia dispersa manifestantes junto à Casa Branca
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A intensificação da fiscalização ocorre após dias de violentas manifestações que levaram a incêndios em Washington, DC e deixaram dezenas de empresas com janelas quebradas e dezenas de polícias feridos.

Numa chamada com governadores, o Presidente Donald Trump e o procurador-geral William Barr também incentivaram ações mais agressivas contra "aqueles que causam violência durante protestos em todo o país", após o assassinato de George Floyd, um homem negro desarmado que morreu depois de um polícia branco de Minneapolis ter ajoelhado sobre o seu pescoço por oito minutos, mesmo depois de Floyd ter parado de se mover e de implorar por ar para respirar.

O apelo de Terence Floyd ao fim da violência
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As manifestações tornaram-se violentas em várias cidades, com incêndios em Lafayette Park em frente à Casa Branca.

Polícia e militares afastam manifestantes para Trump passar

Pouco antes de o presidente falar, os repórteres que aguardavam seus comentários no jardim da Casa Branca ouviram explosões de gás lacrimogéneo disparadas em torno do Parque Lafayette , onde a polícia de choque segurando escudos afastou os manifestantes pacíficos.

Foram também disparadas balas de borracha e policias a cavalo foram usados para ajudar a limpar a área. As movimentaçōes policiais ocorreram cerca de meia hora antes das 19horas (hora local) quando entraria em vigor o recolher obrigatório em Washington.

A ação abriu caminho em torno da Igreja de St. John, um quarteirão a norte da Casa Branca, para onde Trump se encaminhou alguns minutos após a entrada em vigor do recolher obrigatório. A histórica Igreja Episcopal sofreu pequenos danos no domingo à noite, quando deflagrou um pequeno incêndio ma cave.

Em frente à igreja entaipada Trump levantou uma Bíblia, e referiu-se aos Estados Unidos como o "maior país do mundo" e disse: "vamos mantê-lo seguro". Trump voltou a seguir para a Casa Branca cercado por forte segurança .

A lei da insurreição pode ser invocada

"Se uma cidade ou estado se recusar tomar as ações necessárias para defender a vida e a propriedade de seus residentes, enviarei as forças armadas dos Estados Unidos e rapidamente resolverei o problema" afirmou Trump nos seus comentários fazendo uma referência aparente de que poderia invocar a Lei da Insurreição.

A Lei da Insurreição de 1807 permite que os presidentes reprimam a ilegalidade durante emergências e foi usada mais recentemente em 1992 por entre tumultos em Los Angeles após o espancamento policial do negro Rodney King.

O presidente, de acordo com funcionários do Departamento de Defesa, ordenou ao Exército que mobilizasse um batalhão da polícia militar para Washington, a única jurisdição onde os militares podem fazê-lo sem ter que consultar o governador de um estado.

Os mil e 200 membros da Guarda Nacional na capital do país foram mobilizados e cinco estados enviaram rapidamente entre 600 e 800 soldados adicionais da Guarda, alguns armados com armas letais, segundo autoridades.

Tropas em serviço ativo, incluindo polícia militar e unidades de engenharia, foram colocadas em estado de prontidão fora do distrito de Columbia, prontas para entrar em Washington, se necessário, dizem as autoridades.

A ação de Trump está a ser descrita como a sua manifestação mais autoritária desde que assumiu o cargo há três anos e meio.

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