A empresa de telecomunicações sul-africana MTN enfrenta novas alegações de ajuda a grupos militantes no Afeganistão, incluindo o pagamento de dinheiro para proteção, numa ação alterada movida em nome de centenas de famílias de soldados dos Estados Unidos da América, escreve a Reuters.
O processo original visava pelo menos oito multinacionais - incluindo MTN, a empresa de segurança G4S, o grupo americano de infraestruturas Louis Berger e a empresa de consultoria Janus Global - que tinham operações no Afeganistão e no Irão, entre 2009 e 2017.
O processo, aberto em dezembro de 2019 num tribunal de Washington DC, alega que as empresas violaram a Lei Antiterrorismo dos Estados Unidos, ao pagar dinheiro de proteção à Al-Qaeda e ao Talibã.
A nova queixa, apresentada na sexta-feira, por escritórios de advocacia sediados em Washington, alega que a MTN teve uma "conduta direcionada aos Estados Unidos", ao implementar uma estratégia de domínio de mercados em países instáveis não aliados de Washington.
Segundo a Reuters, o documento alega que o MTN violou a Lei Antiterrorismo ao pagar dinheiro de proteção de mais de 100 milhões de dólares à Al-Qaeda e ao Talibã, para que as suas torres de telefonia móvel não sejam alvo de destruição. A MTN, detalha a queixa, desativou as torres à noite, impedindo as operações da inteligência americana.
A MTN, gigante africana de telefonia móvel, negou as alegações.