Pragmático, rico e ambicioso, Cyril Ramaphosa foi reeleito líder do ANC, partido governante da África do Sul, nesta segunda-feira (19), apesar de ter sido gravemente prejudicado por um escândalo de roubo de dinheiro que o persegue há meses.
A ascensão ao comando do Congresso Nacional Africano (ANC), no poder por quase três décadas, é um trampolim para um segundo mandato como chefe de Estado.
Mas o homem de 70 anos está num terreno muito mais instável do que quando foi eleito líder do partido, em 2017, numa fase de profundas divisões dentro do ANC – o partido que liderou a luta pelo fim do apartheid.
Ramaphosa prometeu um "novo amanhecer" para a África do Sul quando se tornou presidente, em 2018, mas a sua imagem foi prejudicada por escândalos e uma economia sem brilho.
No início deste mês, ele sobreviveu a uma tentativa liderada pela oposição de abrir um processo de impeachment, por acusações de que tentou esconder um roubo na sua fazenda.
Detalhes sobre o enorme saque em dinheiro, roubado de debaixo das almofadas do sofá, causaram um grande golpe na reputação do homem que assumiu as rédeas da economia mais industrializada da África com a promessa de erradicar a corrupção.
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