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África do Sul: Cidade do Cabo uma República Independente?


South African President Jacob Zuma (second l) talks with Mandla Mandela (l) after they and other dignitaries unveiled a bust of former South African President Nelson Mandela (r) at the South African Parliament in Cape Town, South Africa, April 28, 2014.
South African President Jacob Zuma (second l) talks with Mandla Mandela (l) after they and other dignitaries unveiled a bust of former South African President Nelson Mandela (r) at the South African Parliament in Cape Town, South Africa, April 28, 2014.

Pequenos partidos aspiram a grandes conquistas. Será que conseguem?

A África do Sul vai a eleições na próxima semana, quarta-feira, dia 7 de Maio. Claramente os grandes rivais são o Congresso Nacional Africano, partido do poder e a Aliança Democrática, principal partido da oposição.

Mas existem alguns partidos políticos mais pequenos que esperam conseguir votos suficientes para garantir um assento no parlamento ou as nos governos provinciais.
Três dessas organizações falaram com à Voz da América.

Por uma Nação de países independentes

O Partido do Cabo está baseado na província ocidental do Cabo, onde o turismo e a indústria vinícola geram milhões de dólares todos os anos e é geralmente considerada a província melhor governada da África do Sul. O Partido do Cabo quer tirar vantagem dessas riquezas e fazer com que a Província do Cabo ocidental se destaque da África do Sul.
A região do Cabo é conhecida pela sua indústria vinícola
A região do Cabo é conhecida pela sua indústria vinícola
O líder do Partido do Cabo é Jack Miller – um ex-modelo e actor de 29 anos. Afirma que uma República do Cabo independente com boas medidas políticas e económicas será mais produtiva do que é agora e isso beneficiará todos os sul-africanos.

"O restante território da África do Sul teria um parceiro comercial aberto que iria impulsionar a sua economia, garantindo produtos e serviços acessíveis, excedente de água e electricidade se necessário – basicamente todos os benefícios de uma economia próspera mesmo na porta ao lado”, defende Miller.

O jovem líder diz que se tivesse poder tornaria as nove províncias sul-africanas em países independentes e bem governados. Ele acredita que isso traria paz e progresso para a região.

"Quando se tira o poder, quando se descentraliza, não se tem o mesmo tipo de problemas como conflitos e fricções que surgem quando comunidades diferentes batalham entre si para terem um pouco do bolo que o Governo central vai dividir”.

Miller reconhece que a falta de financiamento está a ser um obstáculo para o Partido do Cabo, mas ele continua na campanha pelo apoio dos sul-africanos.

Acabar com o dinheiro
Rand, a divisa sul-africana
Rand, a divisa sul-africana
"Dinheiro ou a sua abolição" é o slogan de campanha do líder do Partido Ubuntu, Michael Tellinger.

Autor de vários livros sobre civilizações antigas diz que a economia actual é uma lavagem cerebral que quer que o povo acredite que dinheiro é a solução para todos os problemas.

Tellinger quer também que o banco de Reserva sul-africano encerre.

"Nada pode estar mais longe da verdade. O dinheiro causa todos os problemas! No momento em que se tirar o dinheiro do sistema vai se tirar também todos os obstáculos ao progresso e à diligência humana e vai atingir-se abundância a todos os níveis da humanidade”, afirma o líder do Ubuntu.

Legalização da Marijuana

Existem outros partidos que esperam vencer causas mais particulares, caso tenham um assento parlamentar.
O maior objectivo de Jeremy Acton, do Partido Dagga, é legalizar a marijuana.
Plantação de cannabis
Plantação de cannabis
Acton diz que as autoridades sul-africanas precisam de parar de classificar a dagga como uma droga recreacional malévola e olhar para as provas medicinais a nível internacional. Segundo Acton, na África do Sul "todos sabem que marijuana alivia sintomas de imensas doenças".

"As artitres e problemas de imunidade, diabetes, pressão arterial… a lista é infinita. Esta planta confere uma vida mais longa e se ficar doente ela ajuda-te a viver melhor com essa doença”.

Acton diz que a legalização da cannabis iria impulsionar a economia sul-africana ao substituir muitos dos medicamentos caros.

Muitos analistas dizem que apesar das esperanças dos seus líderes, vai ser quase impossível para estes pequenos partidos sul-africanos conseguirem um assento parlamentar nas próximas eleições.

Na corrida às urnas, no dia 7 de Maio, estão inscritos 33 partidos políticos, mas ainda que a insatisfação em relação ao ANC esteja a crescer, espera-se que vença com maioria por não ter uma oposição que lhe faça de facto frente.

Mas como diria o líder do Partido Ubuntu, onde estaria a África do Sul hoje se não fosse pelo seu povo acreditar em milagres?



Escândalo de Zuma levará sul-africanos a repensar o voto? Veja o vídeo
Corrupção na África do Sul - Zuma pode prejudicar o ANC?
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