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UNITA diz que vai haver vigília no Huambo


Liberty Chiyaca,
Liberty Chiyaca,

Governo do Huambo ameça "usar todos os meios" para impedir "planeada violência"

A UNITA acusou ontem os dirigentes do MPLA no Huambo de serem os culpados do assassinato do seu dirigente político no Londuimbali e disse que planeia seguir por diante coma vigília em sua memória.

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Isto apesar das autoridades no Huambo terem acusado a UNITA de planear violência nessa vigília, ameaçando tomar medidas para impedir tais actos.

Francisco Epalanga de 42 anos de idade que desempenhava a função de
secretário para Administração e Finanças da UNITA na Kuketa foi espancado até a morte no passado dia 11 de Maio, quando preparava um comício do seu partido.

O secretário provincial do Huambo da UNITA, Liberty Chiaka disse em Luanda não haver duvidas que Francisco Epalanga foi assassinado a mando de dirigentes do MPLA, no Huambo.

"Na província do Huambo está mais do que evidente que na base dos actos de intolerância política que resultaram em morte de militante da UNITA estão os dirigentes incompetentes do MPLA," disse.

"De uma forma covarde e criminosa indivíduos afectos ao MPLA liderados por Filipe Watela, primeiro secretário do MPLA na Kuketa impediram violentamente os militantes da UNITA de exercerem um direito constitucional, " acrescentou.

Liberty Chiaka disse que o seu partido planeia realizar uma vigília a 1 de Junho e negou que houvesse o responsável da UNITA no Huambo tratou de esclarecer que não será nenhuma manifestação violenta.

"Em nenhum momento do programa da UNITA se prevê qualquer tipo de manifestação violenta," disse.

Anteriormente o governo do Huambo tinha acusado a UNITA de estar a preparar uma manifestação violenta em retaliação pelo assassinato de um dirigente do seu partido no Município do Londuimbali.


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Assim as autoridades ameaçaram impedir a realização da vigília que a UNITA pretende organizar .

Guilherme Tuluca, vice-governador para a área política e social, disse em conferência de imprensa, ter em posse informações que a UNITA convocou os seus ex-comandos para provocarem distúrbios durante uma vigília.

“ Queremos apelar às autoridades da UNITA para ponderarem. Qualquer tipo de retaliação não vai corrigir o que já foi feito, pode agravar a situação,” disse o governante acrescentando que “ naturalmente o governo não vai cruzar os braços, vai usar todos os instrumentos que tem para impedir que qualquer acontecimento na Cuqueta ou noutras localidades volte a trazer luto para o povo.”

Em reação, Viera Gabriel Tchissingui, secretario provincial ajunto da UNITA no Huambo, disse que apenas um o governo incompetente, “do qual Tuluca é um expoente demostrativo” pode adoptar uma postura de tamanha irresponsabilidade e ilegitimidade.

“ Essa atitude do senhor Tuluca é para encobrir o erro que eles cometeram. Um vice-governador ao sair com um comunicado deste, significa que ele é conivente daquilo que aconteceu. Este comunicado é para proteger os subordinados deles que lá no terreno só cumpriram ordens” disse.


Para Tchissigui o comunicado do vice-governador tem um conteúdo intimidatório, mas avisou que o seu partido “não teme uma possível repressão”.

“Hoje quem levanta o fantasma da guerra é aquele que não tem programa de governação,” acrescentou.

O Grupo Parlamentar da UNITA vai exigir da Assembleia Nacional, o envio urgente de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para averiguar as circunstâncias do assassinato do Secretário Municipal das Finanças da UNITA, Francisco Epalanga, ocorrido no dia 11 de Maio de 2013, no município de Londuimbale.

Segundo uma nota de imprensa, a decisão foi tomada na reunião do Grupo Parlamentar da UNITA, realizada na manhã desta segunda-feira, 20 de Maio de 2013, para preparar a VII Sessão Plenária Ordinária da Assembleia Nacional, prevista para o dia 23 de Maio corrente.

O Grupo Parlamentar da UNITA vai instar o Procurador-Geral da República, a Assembleia Nacional e as autoridades do Huambo, para que sejam responsabilizados criminalmente os autores morais e materiais de mais este assassinato, que representa uma grosseira violação do direito à vida e das liberdades políticas constitucionalmente consagrados, para que incidentes de género não voltem a acontecer.
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